domingo, 27 de novembro de 2011

Telemóvel e o Cancro do Cérebro


Ficha de Leitura nº7
Unidade: Imunidade e Controlo de Doenças

Assunto: O (Não) Aumento de Risco de Cancro do Cérebro
Um novo estudo, realizado durante vários anos na Dinamarca, revela que o uso prolongado do telemóvel não aumenta o risco de cancro do cérebro, contrariando assim conclusões anteriores.
Uma nova investigação, citada no dia 21 de outubro pela agência AFP e que foi publicada
na íntegra na revista British Medical Journal, concluiu que não há risco de
qualquer tipo de cancro cerebral face ao uso prolongado do telemóvel.
Para este estudo, uma equipa de cientistas dinamarqueses avaliou o estado de
saúde de 358.403 assinantes de serviço de telemóvel há mais de 13 anos,
comparando-o com o de utilizadores sem assinatura.
As taxas de glioma e de meningioma (outro tipo de tumor cerebral) eram
bastante semelhantes entre os assinantes e os não assinantes, com variações
"pouco significativas", independentemente da duração do serviço de assinatura.
Para certos tipos de tumor, havia até menos riscos quando o uso do telemóvel
se prolongava mais no tempo.
No entanto, os investigadores não exluem a possibilidade de utilizadores de telemóvel há mais de 15 anos, possam ter um aumento no risco de cancro, sendo objeto de estudos futuros.
Pesquisado por: Joel Joaquim

Aumento do Número de Diabéticos em 2030


Ficha de Leitura nº6
Unidade:Imunidade e Controlo de Doenças
Assunto: Aumento da Diabetes na População
Num relatório divulgado no dia 14 do presente mês, estima que 522 milhões de pessoas poderá ser diagnosticado com diabetes nas próximas duas décadas, dados baseados nas alterações ao envelhecimento e demográficas.
Este estudo permite inferir que será esperado que um em cada dez adultos terá diabetes em 2030.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em todo o mundo existem 346
milhões de pessoas com diabetes e cerca de 80 por cento das mortes derivadas da
doença acontecem em países desenvolvidos.

A mesma organização estima que o número de mortes por diabetes irá duplicar
em 2030 e classifica de "possíveis" os dados da federação.
Pesquisado por: Joel Joaquim

Número de Pessoas com SIDA é o maior de Sempre


Ficha de Leitura nº5
Unidade: Imunidade e Controlo de Doenças
Assunto: SIDA
Segundo um relatório elaborado pela ONU referente a 2010, já são 34 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem com SIDA. Apesar da epidemia estar a aumentar, tem-se registado uma diminuição no número de mortos graças ao maior acesso a tratamentos.
Comparando com 2009, o número de pessoas infectadas com HIV aumentou em 3,3 % enquanto que o número de mortes relaccionadas com a SIDA diminuiu para 1,8 milhões (5,3 % ),
porque o estado actual da investigação permite salvar mais pacientes.
Pesquisado por: Joel Joaquim

Transplante de neurónios provoca emagrecimento em ratos

Ficha de Leitura nº19
Unidade: Imunidade e Controlo de Doenças
Assunto: Transplante de Neurónios

Os autores de um estudo acreditam que o transplante de neurónios provoca emagrecimento em rato e, que esta experiência pode representar novas esperanças no futuro, a longo prazo, na capacidade de restaurar outras zonas do cérebro, remetendo terapias para as doenças de Parkinson, autismo e muitas mais.

Pesquisador: João Paraíso


"Com o intuito de testar a flexibilidade do cérebro, uma equipa de investigação da Universidade de Harvard transplantou neurónios cuidadosamente seleccionados, de embriões de ratinhos para o hipocampo de animais adultos. O estudo, publicado na «Science», trabalhou diferentes propriedades albergadas pelo hipotálamo – a sensação de fome, metabolismo, temperatura corporal, o impulso sexual e a agressividade.

O ensaio recaiu essencialmente sobre as primeiras. Os roedores usados eram geneticamente modificados de forma a obterem uma resposta à leptina – hormona que regula o metabolismo e está associada à obesidade – alterada. Após o transplante, o circuito cerebral restaurou-se e os animais perderam peso.

Os autores do estudo acreditam, mesmo, que a experiencia pode representar uma nova esperança de futuro, a largo prazo, na capacidade de restaurar outras zonas do cérebro – remetendo para terapias para as doenças de Parkinson, autismo, epilepsia, entre outras.

Até agora, apenas se descobriram duas áreas cerebrais com capacidade de substituir neurónios (neurogénese) em grande escala: o bolbo olfactivo e uma zona chamada de giro dentado (uma faixa de substância cinzenta), segundo avançara Jeffrey Micklis, docente em Harvard e co-autor do trabalho.

Os neurónios adicionados às duas primeiras regiões, durante a etapa adulta, são, geralmente, mais pequenos e actuam como as funções que comandam o volume sobre os sinais, mas a equipa restabeleceu um sistema de circuitos neuronais que, por norma, não aplica a neurogénese; contudo, com isto, recuperaram grande parte das suas funções originais.

É a primeira vez que cientistas conseguem reconstruir o circuito cerebral e a técnica poderá ser bastante promissora se aplicada a novas terapias."

sábado, 26 de novembro de 2011

Reino Unido é o país da União Europeia com mais obesos

Ficha de leitura nº16
Assunto: Obesidade na Europa



Entre 8% e 25% dos adultos na União Europeia são obesos, segundo dados divulgados pelo Eurostat. A Roménia é o país onde há menos obesos (8% para as mulheres, 7,6% para os homens) e o Reino Unido é o país mais pesado (23,9% entre as mulheres, 22,1% entre os homens).

Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/obesidade-afecta-entre-8-e-25-dos-adultos-na-uniao-europeia-1522677


Os dados referem-se a cidadãos com mais de 18 anos e ao período de 2008 e 2009. Foram incluídos no estudo apenas 19 países, ficando de fora oito em que não existem dados disponíveis, incluindo Portugal.

Concluiu-se que os valores variam entre 8% e 23,9% para as mulheres e 7,6% e 24,7% para os homens, um valor que é sempre inferior ao registado nos Estados Unidos. Do lado de lá do Atlântico, a obesidade afectava 26,8% das mulheres e 27,6% dos homens em 2009.

A seguir à Roménia, os países com menos obesos são a Itália (9,3% entre as mulheres e 11,3% nos homens), a Bulgária (11,3% e 11,6%) e a França (12,7% e 11,7%).

Há quatro países onde a obesidade afecta mais de quinto das mulheres das mulheres: Reino Unido (23,9%), Malta (21,1%), Letónia (20,9%) e Estónia (20,5%). Entre os homens, há mais de 20% de obesos em Malta (24,7), no Reino Unido (22,1) e na Hungria (21,4).

Não foram detectadas diferenças significativas entre mulheres e homens em cada um dos países. É na Letónia que a diferença entre homens e mulheres é mais significativa – se as obesas são 20,9%, os obesos são 12%, o que representa uma diferença de 8,9%.

Os dados provêm de um inquérito sobre a saúde na Europa (European Health Interview Survey) e acabam de ser publicados pelo Eurostat. Concluiu-se que a percentagem de obesos aumenta consoante a idade, sendo maior nos escalões etários mais elevados. Nas mulheres, as maiores diferenças entre escalões etários foram detectadas na Letónia, Eslováquia, República Checa e Estónia. Os dados apontam também para uma diminuição da percentagem de obesos quanto mais elevado for o nível educacional.

Neste inquérito foi considerada obesidade um valor de índice de massa corporal superior a 30. Este valor é calculado dividindo o peso, em quilos, pela altura, em metros, ao quadrado. Ou seja, quem pesar 60 quilos e medir 1,70 deve dividir 60 por 1,70 ao quadrado. Feito o cálculo, se o resultado rondar os 30 está-se perante uma situação de obesidade.

Pesquisadora: Catarina Ribeiro

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Austrália quer tornar o Mar de Coral na maior área marinha protegida do planeta

Ficha de leitura nº15
Unidade: Conservar e preservar o ambiente
Assunto: Mar de Coral

O Mar de Coral está à beira de se tornar na maior área marinha protegida do mundo, com cerca de um milhão de quilómetros quadrados – uma área quase dez vezes maior do que a de Portugal –, de acordo com uma proposta do Governo australiano anunciada nesta sexta-feira.

Até Fevereiro de 2012 está em discussão pública a proposta de criação da Reserva marinha do Mar de Coral, com 989.842 quilómetros quadrados, nas águas que fazem parte da Zona Económica Exclusiva australiana. O ponto mais próximo da costa fica a mais de 60 quilómetros de distância.

Segundo a proposta anunciada hoje pelo Governo de Julia Gillard, o Mar de Coral ainda está quase intocado, com uma “vasta diversidade de recifes de coral [que suportam ecossistemas tropicais onde abundam as esponjas, algas, peixes, estrelas do mar e outras criaturas marinhas], pequenas ilhas e planícies e canhões submarinos”. As ilhas do Mar de Coral são ainda locais onde as tartarugas-verdes (Chelonia mydas) põem os seus ovos e locais de nidificação para muitas aves marinhas.

“Em nenhuma outra parte do território australiano tanta coisa se reúne: oceanos virgens, corais magníficos, uma história militar que ajudou a definir o que somos hoje e agora uma proposta clara para uma protecção permanente”, disse o ministro do Ambiente, Tony Burke, citado em comunicado.

“Mas não podemos ser complacentes”, acrescentou. “No espaço de uma geração, os oceanos passaram de estar relativamente intocados para cada vez mais ameaçados.”

Pesca não fica de fora

“Não vamos bloquear toda aquela área” à pesca, garantiu hoje Tony Burke à rádio australiana ABC. Ainda assim, haverá limites. O ministro disse que será proibida a exploração de petróleo e de gás natural e impostos novos limites à exploração pesqueira.

A Associação Industrial de Marisco de Queensland considera que a proposta vai impedir o acesso a um recurso alimentar importante. “Não há hipótese de pescadores irem para essa zona. Desapareceu tudo, em nome da conservação”, disse o presidente da associação, Geoff Tilton.

Do outro lado, a coligação Protect Our Coral Sea - apoiada por 55 mil cidadãos e por 12 organizações como a Greenpeace e a Fundação australiana para a Conservação – diz que a proposta “é um bom começo” mas acusa-a de ser pouco ambiciosa. Este movimento, cuja embaixatriz é a conceituada bióloga marinha norte-americana Sylvia Earle, disse, em comunicado, que “a proposta do Governo não é suficiente. Apenas dois dos 25 recifes de coral receberão um elevado nível de protecção”. Além disso, “sítios importantes para a reprodução de atuns, tartarugas, baleias e tubarões continuam abertos à pesca”. “Apenas a metade Este foi delimitada como santuário para a vida marinha. A metade Oeste contém a maior parte dos corais e dos locais de reprodução dos ameaçados atuns”, disse o conservacionista da Fundação australiana para a Conservação, Darren Kindleysides.


Fonte:
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1522504

Pesquisadora: Catarina Ribeiro

Novo reagente facilita detecção de pequenos tumores


Ficha de leitura nº14
Unidade: Imunidade e controlo de doenças
Assunto: detecção de células cancerígenas


Equipa de cientistas liderada por dois japoneses desenvolveu um reagente que faz brilhar as células cancerígenas, facilitando assim a detecção de tumores de menor dimensão, avança a agência LUSA.

Quando pulverizado sobre uma determinada zona, o agente, ainda em fase experimental, pode realçar um carcinoma com um tamanho inferior a um milímetro ao conferir às células cancerígenas um brilho de cor verde.

A ressonância magnética e outros métodos existentes são incapazes de detectar tecidos tumorais tão pequenos, pelo que a equipa entende que este avanço pode ajudar no futuro a detectar, com maior precisão e menos custos, a extensão de um cancro.

No artigo publicado na revista Sciente Translational Medicine, os investigadores explicam que “a capacidade do olho humano de detectar, sem assistência, pequenos focos de cancro ou os limites precisos do mesmo no tecido normal durante a cirurgia ou a endoscopia é limitada”.

Mas com o novo agente desenvolvido, numa questão de minutos, é emitido um brilho verde graças a uma reacção química quando entra em contacto com uma enzima chamada GGT, que só está presente na superfície das células cancerígenas.

Yasuteru Urano, professor de biologia química da Universidade de Tóquio e Hisataka Kobayashi, cientista chefe dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, são os dois investigadores que lideram a equipa que espera que o reagente possa ser utilizado dentro de poucos anos.

A equipa ainda vai certificar-se de que a molécula fluorescente não é tóxica para o resto das células, ainda que, até ao momento, tenha sido garantido que não se detectaram efeitos nocivos inclusivamente face ao uso de grandes quantidades da substância reagente.

Fonte:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51956&op=all

Pesquisadora: Catarina Ribeiro

Cientistas portugueses identificam genes dos ácaros-aranhas

Ficha de Leitura nº18
Unidade:Património Genético
Assunto: Genes dos ácaros-aranha

Estudos recentes permitiram identificar os genes dos ácaros-aranha uma praga agrícola mundial. Os estudos tiveram o objetivo de perceber como conseguem vencer as defesas das plantas e tentar evitar a destruição de culturas. O resultado da investigação foi publicada na revista "Nature".

Pesquisador: João Paraíso


"Dois cientistas portugueses participam em estudos que identificaram os genes dos ácaros-aranha (Tetranychus urticae), uma praga agrícola mundial. A investigação tem como finalidade perceber como conseguem vencer as defesas das plantas e tentar evitar a destruição de culturas.
Os resultados do trabalho de 55 investigadores de várias áreas, de dez países, é hoje publicado na revista «Nature» e aborda os ‘truques’ da flexibilidade alimentar do ácaro-aranha através do estudo do seu genoma.

Este pequeno ácaro alimenta-se de mais de mil plantas diferentes, 150 das quais utilizadas na alimentação humana, como milho, tomate, pepino ou citrinos, conseguindo ‘iludir’ as suas defesas contra agressores e sendo responsável por milhões de euros de prejuízos nas colheitas.
Élio Sucena, investigador do Instituto Gulbenkian de Ciência e professor no Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e Sara Magalhães, investigadora do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, fazem parte da equipa que sequenciou o genoma do ácaro-aranha.

“O estudo agora publicado consegue a sequenciação e anotação do genoma do ácaro aranha, que é uma praga agrícola a nível mundial e em Portugal também, de norte a sul do país”, explicou hoje à agência Lusa Élio Sucena.

Os genes comandam várias áreas e existem para que o organismo se desenvolva, para que responda a ataques de microrganismos, a alterações da temperatura, para que o organismo possa explorar uma determinada dieta.

Para Élio Sucena, esta será a praga “mais flexível no tipo de plantas que ataca. Estão descritas interacções, neste caso negativas, com mais de mil plantas diferentes, como maior parte de culturas agrícolas relevantes para a alimentação humana”.

Sara Magalhães insistiu que “uma das grandes questões é perceber como um só ácaro consegue vencer as defesas de plantas tão diferentes” como o pepino, o tomate ou o pimento.

“Se conseguirmos saber como ele faz isso, conseguiremos no futuro silenciar esses genes e fazer com que se torne mais susceptível a essas defesas”, explicou a investigadora, acrescentando que outra vertente é a forma como o ácaro se defende dos seus inimigos naturais, como bactérias ou vírus.
Os cientistas querem desenvolver mais este trabalho para perceber quais as formas que o ácaro utiliza para se defender “para depois poder atacá-lo por esse 'calcanhar de Aquiles'”.

Para enfrentar os ácaros e evitar que destruam as culturas “ou se modificam as plantas das quais se alimentam, usando plantas transgénicas, ou através da utilização de ácaros transgénicos que conseguiriam suplantar os tradicionais que atacam as plantas”, especificou Sara Magalhães.

A especialista apontou ainda uma curiosidade: na agricultura biológica, o ácaro “não é um problema porque existem muitos inimigos naturais que se alimentam dele, que não cresce a níveis preocupantes, do ponto de vista económico”.

Como uma pequena aranha, o ácaro produz teias que utiliza para se proteger dos seus inimigos naturais.“Descobrimos que essas sedas são um material altamente resistente, muito elástico e inquebrável”, descreveu Sara Magalhães. Já existem empresas de biotecnologia interessadas em desenvolver esse material e talvez utilizá-lo para produção de novos materiais e tecnologias, acrescentou.

Artigo: The genome of Tetranychus urticae reveals herbivorous pest adaptations"

Como se alimentam as células cancerígenas sem oxigénio

Ficha de Leitura nº17
Unidade: Imunidade e controlo de doenças
Assunto: Células cancerígenas sem oxigénio

Uma equipa de investigadores descobriu como se alimentam as células cancerígenas quando o oxigénio escasseio o que possibilita novas abordagens em relação ao tratamento do cancro.

Pesquisador: João Paraíso


"Uma equipa de investigadores internacionais, que integra o português Paulo Gameiro, descobriu como se alimentam as células cancerígenas quando escasseia o oxigénio, abrindo assim novas perspectivas ao tratamento do cancro.

"Esta descoberta revela-se importante para desenvolver terapias contra células cancerígenas que experienciem falta de oxigénio (tal como no interior do tumor) e que ainda assim crescem descontroladamente", explicou o investigador à agência Lusa.
A divulgação da descoberta foi feita na quarta-feira num artigo publicado na revista científica Nature, em resultado de dois anos e meio de investigação com culturas de células, que terá como próximo passo o aprofundamento das pesquisas in vivo, nos próprios tumores.
As células em ambiente de baixo teor de oxigénio (hipóxia) utilizam um aminoácido, a glutamina, como nutriente para poder produzir gordura, fenómeno indispensável para o crescimento celular.
Na investigação, segundo Paulo Gameiro, foi observado que aquele aminoácido, em condições de baixo teor de oxigénio, era consumido através de uma via metabólica, passando a ser o nutriente principal para as células cancerígenas, substituindo a comum glucose (açúcar).
"Um dilema na biologia do cancro, e que motivou este estudo, era o de saber que mecanismos são escolhidos pelas células cancerígenas que lhes permitem responder à falta de nutrientes e continuar a proliferar, mesmo em condições de falta de oxigénio", observou."

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Bloco de Esquerda exige fim da criminalização do aborto

Ficha de Leitura nº16
Unidade: Reprodução humana e manipulação da fertilidade
Assunto: Aborto

O Bloco de Esquerda entende que está na hora de alterar a lei que impede o aborto legalmente pois "esta decisão comprova a urgência da modificação da lei que prevê a perseguição judicial das mulheres, a sua humilhação pública em julgamento que podem levar a uma pena de prisão"

Pesquisador: João Paraíso

"O Bloco de Esquerda (BE) exigiu hoje o fim da criminalização do aborto e anunciou que "apoiará todas as iniciativas" para mudar a lei, depois de quatro mulheres e um médico terem sido condenados em Aveiro pela prática de aborto.


Embora o partido continue "a ter um compromisso com a realização de um referendo", votará favoravelmente iniciativas de outros partidos que prevejam a mudança da lei no Parlamento, como o diploma que o PCP já prometeu entregar em Setembro, disse fonte do Bloco.

"No entender do Bloco de Esquerda, esta decisão comprova a urgência da modificação da lei que prevê a perseguição judicial das mulheres, a sua humilhação pública em julgamentos que podem levar a uma pena de prisão de três anos", sublinha o partido, em comunicado.

Para o Bloco, este julgamento "destrói o argumento da direita conservadora que sempre garantiu que a actual lei não seria aplicada e que nenhuma mulher seria condenada pela prática de aborto".

"Não cedemos ao facilitismo de transformar esta questão numa trica inter-partidária, como alguns, porque o fim da criminalização das mulheres está atrasada desde o 25 de Abril de 1974 e os partidos que são responsáveis por esse atraso devem contribuir para a solução do problema", exige o BE."

Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/bloco-de-esquerda-exige-fim-da-criminalizacao-do-aborto_1263037

Alteração genética faz bactéria excretar petróleo

Ficha de Leitura nº15
Unidade: Imunidade e controlo de doenças
Assunto: Obtenção de petróleo através de bactérias modificadas

Os cientistas conseguiram que uma bactéria geneticamente modificada produzisse petróleo. Tal foi facilitado pelo facto de a bactéria usada já excretar produtos com uma composição idêntica à do petróleo, bastando por isso, uma “pequena” alteração do gene, para se obter o efeito desejado.
Este é um processo ainda em estudo, com alguns pontos importantes a precisarem de ser aperfeiçoados. Neste momento seria necessário ocupar uma área equivalente à da cidade de Chicago, para conseguir responder às necessidades energéticas dos americanos por uma semana.

Pesquisador: João Paraíso

"Cientistas descobriram uma alteração genética que faz bactérias minúsculas comerem restos agrícolas, como lascas de madeira e palha de trigo, e excretarem petróleo bruto. O "produto" das bactérias poderá mover um veículo, pela primeira vez, dentro de um mês, de acordo com Greg Pal, 33 anos, executivo do setor de softwares.
Segundo o jornal britânico The Times, Pal é diretor da LS9, uma das várias companhias da região do Vale do Silício que menosprezou as tradicionais atividades de alta tecnologia e embarcou numa corrida para tornar obsoletos os barris de petróleo da Arábia Saudita. "Todos nós aqui, cada um nesta empresa e nesta indústria, sabem da urgência disso", disse Pal.

Eles estão tentando fazer um produto que gere petróleo. A empresa afirma que este "Petróleo 2.0" não será só renovável, mas também produzirá pouco dióxido de carbono.

Segundo Pal, as bactérias da LS9 são organismos de uma única célula, do tamanho de uma bilionésima parte de uma formiga. Elas começam como levedura ou como um tipo não-patogênico da bactéria E. coli durante fermentação, mas são modificadas geneticamente.

"De cinco a sete anos atrás, o processo teria levado meses e custado centenas de milhares de dólares", disse Pal. "Agora isso pode levar semanas e custar talvez US$ 20 mil" (equivalente a cerca de R$ 32,2 mil).

Como a estrutura do petróleo bruto está próxima, em termos moleculares, dos ácidos graxos geralmente excretados pela levedura ou bactéria E. Coli durante a fermentação, não se leva muito trabalho até chegar no resultado desejado. O petróleo bruto pode ser refinado e virar petróleo ou combustível para aviões a jato.

Usar bactérias modificadas geneticamente para fermentação é essencialmente o mesmo que usar bactérias naturais para produzir etanol, embora o processo final de destilação, que utiliza muita energia, seja praticamente eliminado, uma vez que os insetos excretam uma substância quase pronta para ser consumida.

O mais próximo da produção em massa que a empresa chegou foi com a máquina de fermentação de mil litros, que parece uma jarra gigante de aço, próxima a um computador do tamanho de um guarda-roupas ligados por cabos e tubos.

A máquina pode produzir o equivalente a um barril por semana e ocupa 40 m² em sua base. Para subsituir o consumo semanal americano, de 143 milhões de barris de petróleo, o equipamento precisaria cobrir uma área aproximadamente do tamanho de Chicago."

Após aborto espontâneo, britânica descobre que gravidez virou câncer


Ficha de leitura nº9

Assunto: Gravidez molar


A britânica Charlotte Solomon passou de um dos momentos mais felizes de sua vida para um dos mais assustadores, no espaço de poucos meses.

Ao descobrir que estava grávida pela primeira vez, aos 34 anos, ela ficou radiante. Algumas semanas depois, ela sofreu um aborto espontâneo devido a uma complicação gestacional da qual ela nunca havia ouvido falar: uma gravidez molar.

Mas foi a notícia de que as células anormais que haviam ficado em seu útero haviam se transformado em um câncer agressivo que mudou drasticamente sua vida.

'É um choque absoluto. Ir da alegria de estar grávida para a tristeza do aborto e aí descobrir que você tem câncer é uma montanha-russa, a coisa mais difícil que já enfrentei', disse Charlotte à BBC Brasil.


Pesquisador: Daniela Carvalho

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/apos-aborto-espontaneo-britanica-descobre-que-gravidez-virou-cancer.html


Complicação rara
A gravidez molar acontece quando há um problema no momento da fertilização.
Em vez de receber 23 cromossomos do pai e 23 da mãe, em uma gestação molar completa, o óvulo fertilizado não contém nenhum material genético da mãe e o do pai é duplicado. Neste caso, não há embrião, mas uma massa de cistos, chamada de mola hidatiforme.

No caso de Charlotte, uma gestação molar parcial, o óvulo fertilizado tem o conjunto normal de cromossomos da mãe, mas o dobro do pai, gerando um total de 69 cromossomos no lugar dos 46 normais. Isso pode acontecer quando os cromossomos do espermatozóide são duplicados ou quando dois espermatozóides fertilizam o mesmo óvulo.

O embrião pode começar a se desenvolver, mas não tem como sobreviver.

Não se sabe exatamente o que causa a gravidez molar, mas especialistas dizem que ela tem fundo imunológico e ocorre com maior frequência entre populações mais pobres.

Enquanto a incidência do problema em países desenvolvidos fica em torno de uma em mil gestações, no Estado do Rio de Janeiro estima-se que esse número chegue a uma em 200 gestações, segundo cálculos do médico Paulo Belfort, diretor do Centro de Neoplasia Trofoblástica Gestacional, nome científico da gravidez molar, na Santa Casa da Misericórdia.

Câncer
Mulheres com o problema inicialmente apresentam sintomas normais de gravidez.

A partir das seis semanas de gestação, no entanto, a mulher pode ter sangramentos e seus níveis do hormônio da gravidez - o hCG - ficam muito mais elevados que o normal.

Após o aborto espontâneo ou por curetagem, na grande maioria dos casos as células anormais desaparecem e os níveis de hCG voltam a zero.

Mas, na Grã-Bretanha, em 16% dos casos de mola hidatiforme e em 0,5% dos casos de molas parciais, o tecido anormal no útero se torna cancerígeno e pode se espalhar rapidamente pelo corpo.

No Brasil, não há estatísticas oficiais, mas segundo o especialista Paulo Belfort, esses índices estariam em torno de 23% e 5%, respectivamente, no Rio de Janeiro.

Quimioterapia
Quando uma gravidez molar é diagnosticada, o procedimento normal é que haja um acompanhamento da paciente com exames periódicos de sangue e urina.

Charlotte Solomon não estava particularmente preocupada porque seu médico disse que era extremamente raro que uma mola parcial, como a que ela teve, se transformasse em câncer.

Ainda assim, um mês depois do aborto espontâneo, Charlotte recebeu um telefonema do hospital e, após confirmar o resultado com novos testes, ela teve de começar a quimioterapia no mesmo dia.

Ao todo, foram nove meses de tratamento contra o câncer, com três tipos diferentes de quimioterapia.

Na fase final, ela chegou a passar 17 horas recebendo uma combinação de remédios intravenosos.

Charlotte parou de trabalhar e se fechou para o mundo. Apenas dois anos após seu casamento, ela teve de raspar a cabeça e viu seu corpo, antes atlético, se transformar.

Mulheres nuas
Em abril deste ano, ela finalmente recebeu a notícia de que estava livre do câncer.

'Ainda hoje, me sinto ansiosa e não sou a mesma pessoa de antes. Meu sistema imunológico ainda está enfraquecido e, apesar de estar de volta ao trabalho, estou longe do meu ritmo normal', disse Charlotte.

A experiência acabou inspirando a britânica a ajudar o Hospital de Charing Cross - centro de referência para o tratamento da condição na Grã-Bretanha - a conseguir fundos para uma pesquisa inovadora.

'A equipe do hospital foi absolutamente incrível comigo e acho fundamental tentar ajudar pessoas que, infelizmente, vão ter de passar pelas mesmas coisas que passei.'

'Tenho sorte de ter amigas maravilhosas, que ficaram ao meu lado durante a doença e que aceitaram posar nuas para um calendário para ajudar a arrecadar dinheiro para pesquisa.'

Charlotte e 28 amigas foram fotografadas para o calendário 'Get Naked 2012' por Chris Dunlop, que trabalha para revistas como Vogue e Vanity Fair.

Até o momento, Charlotte já conseguiu o equivalente a R$ 170 mil, muito acima de sua meta inicial, mas o projeto custa R$ 5,6 milhões no total.

Pesquisa de ponta
A equipe do Hospital de Charing Cross está tentando encontrar um marcador biológico que permita que os médicos identifiquem desde o princípio quais molas vão desaparecer e quais vão se transformar em câncer, além de ajudar a determinar que tipo de quimioterapia seria mais eficiente para cada caso.

'Isso é o que se busca em todo o mundo. A pesquisa é absolutamente bem-vinda e necessária', diz Paulo Belfort, que acredita que a doença não recebe a atenção necessária no Brasil por ser considerada muito rara.

Enquanto se esforça para arrecadar dinheiro para pesquisa, Charlotte espera ansiosamente o prazo de um ano recomendado pelos médicos para tentar engravidar novamente.

'É muito difícil esperar, mas se eu engravidasse agora, os médicos não saberiam se o nível alto dos hormônios se deve ao bebê ou à reincidência do câncer. Tenho que esperar, já que a minha saúde vem em primeiro lugar.'

Cientistas mapeiam genoma de ácaro que ataca plantas


Ficha de leitura nº8

Unidade: Património genético
Assunto:Genoma de ácaro

O ácaro rajado tem menos de um milímetro, mas é uma praga perigosa. É o que os cientistas chamam de “praga cosmopolita”, pois ataca diversos tipos de planta – mais de 1,1 mil espécies diferentes. Suas prediletas são as folhas de tomate, pimenta, pepino, morango, milho, soja, maçã e uva, mas a lista de alvos inclui até plantas ornamentais.

Pesquisador: Daniela Carvalho

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/cientistas-mapeiam-genoma-de-acaro-que-ataca-plantas.html


Um estudo publicado na edição desta quinta-feira (24) da revista “Nature” mapeou o genoma desse artrópode e descobriu porque ele é uma ameaça tão grande para as plantas. Esse ácaro possui genes capazes de neutralizar toxinas, tanto as presentes nos pesticidas quanto as naturais, que as plantas produzem para defesa própria.

Richard Clark, pesquisador da Universidade de Utah e um dos principais autores, diz que a importância do estudo “está, em grande parte, em compreender como os animais comem plantas, com o objetivo em longo prazo de desenvolver maneiras eficazes de prevenir os danos causados por ácaros e insetos nas plantações”.
Se conseguirmos identificar os caminhos biológicos que os ácaros usam para se alimentar de plantas, potencialmente conseguiremos identificar métodos químicos e biológicos para interromper esses caminhos e evitar que os ácaros ataquem as plantas”, explica o especialista.

O mapeamento do genoma do ácaro rajado também pode ser útil em outras linhas de pesquisa. Um exemplo é o uso da teia que ele produz, tão forte quanto a da aranha, mas bem mais fina. Na natureza, ela serve para proteger contra predadores. Para nós, pode se tornar útil na medicina, como um material biodegradável para suturas.

Com 90 milhões de “pares base” de letras de DNA, o genoma do ácaro rajado é o menor já seqüenciado em um artrópode. Segundo Clark, a maior parte possui algo na casa de 3 bilhões de “pares base”.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Primeiro animal com informação genética artificial


Ficha de leitura nº20

Unidade: Património genético
Assunto: Manipulação genética


Na Universidade de Cambridge foi criado um verme que é considerado o primeiro animal com informação genética artificial. O pequeno ser da espécie Caenorhabditis elegans, com cerca de 1mm, incorpora um 21º aminoácido, produzido artificialmente.

Pesquisadora: Sara Alberto



Uma equipa de investigação da Universidade de Cambridge (Reino Unido) criou o que alega ser o primeiro animal com informação artificial no seu código genético, segundo avançou hoje a BBC. A técnica desenvolvida poderá dar aos biólogos a possibilidade de controlar os átomos das moléculas em organismos vivos.

O trabalho usou vermes da espécie‘Caenorhabditis elegans’ e foi publicado na revista especializada «Journal of the American Chemical Society».
Os pequenos seres têm um milímetro de comprimento, e apenas mil células na formação do corpo. Segundo o estudo, o que torna este animal único é o facto de o código genético ter sido estendido para criar moléculas biológicas, que não são conhecidas no mundo natural.

Os cientistas Jason Chin e Sebastian Greiss fizeram um trabalho de reengenharia da máquina biológica do verme para incluir um 21º aminoácido, não encontrado na natureza. Segundo explicam no estudo, a técnica tem um potencial transformador, pois proteínas poderão ser criadas sob o controlo total dos investigadores e o novo método poderá ser aplicado em uma ampla variedade de animais.

A proteína artificial que é produzida em cada célula do corpo do verme contém um corante fluorescente que brilha em tons cor de cereja, quando colocada sob a luz ultravioleta. Caso o projecto genético tivesse fracassado, não existiria brilho.

Qualquer aminoácido artificial poderia ser escolhido para produzir novas propriedades específicas, e a equipa sugere que esta abordagem pode agora ser usada para introduzir em organismos proteínas criadas que podem ser controladas pela luz.

Os dois investigadores planeiam colaborar num estudo detalhado de células neurais no cérebro do nematoide, com o objectivo de activar ou desactivar neurónios isolados de forma precisa e com minúsculos flashes de laser.

O caso raro da família sem impressões digitais


Ficha de leitura nº19

Unidade: Património genético


Uma família suíça tem espantado cientistas, pois já várias gerações nasceram sem qualquer tipo de impressões digitais. Esta anomalia foi associada a uma falha na replicação do DNA e está relacionada com outros problemas.

Pesquisadora: Sara Alberto



Há uma família suíça que tem vindo a intrigar os investigadores. Desde várias gerações que os membros desta família nascem sem impressões digitais, sem nenhuma marca nos dedos, palmas e planta dos pés.

Um recente estudo, publicado na «The American Journal of Human Genetics», traz novos avanços sobre este caso raro de adermatoglífia – denominação científica deste transtorno – e sugere que está associada a uma mutação de uma zona chave na replicação do gene SMARCAD1, que faz com que a proteína que codifica não seja produzida de forma correcta.
A equipa de investigação, do Hospital Universitário de Basileia (Suíça) e da Universidade de Tel-Aviv (Israel), avaliou o perfil genético de nove indivíduos afectados por este problema e comparou-o com outros familiares, sem o transtorno.

Segundo os resultados, apenas quem não tinha impressões digitais é que apresentava a referida mutação genética. Segundo estudos anteriores, o fenómeno tem um papel regulador na expressão de diferentes genes relacionados com o crescimento.

A falha no DNA está ainda relacionada com uma menor produção de glândulas sudoríferas, outra característica verificada neste grupo em estudo. Até agora, apenas foram encontradas outras três famílias com esta anomalia. Os autores ressalvaram, no entanto, que a Síndrome Naegeli-Franceschetti-Jadassohn pode igualmente provocar a formação anormal de impressões digitais.

Brasileiros criam neurónios em laboratório


Ficha de leitura nº18

Unidade: Património genético
Assunto: Criação de neurónios


Cientistas brasileiros descobriram uma técnica que permite fazer as células regredir até ao seu estado embrionário, tornando-as pluripotentes e portanto capazes de formar qualquer tipo de tecido.

Pesquisadora: Sara Alberto



Uma equipa de investigação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil) conseguiu recriar, em laboratório, os neurónios de um paciente com esquizofrenia, através de uma técnica que faz com que as células regridam ao seu estado embrionário.

A equipa obteve células da pele do paciente para produzir as chamadas células pluripotentes – células capazes de dar origem a qualquer tecido do organismo, com a excepção da placenta –, que são posteriormente ‘induzidas’, através da activação de um conjunto de genes, a retornar ao estado embrionário, aquele que origina células de pele, de músculos e neurónios.
O grande objectivo deste estudo, a ser publicado na «Cell Transplation», é que no futuro possam ser transformadas em tecido e possam criar órgãos para transplantes sob medida, sem risco de rejeição, já que o DNA é o mesmo que o do paciente.

O trabalho coordenado por Stevens Kastrup Rehen, que e tem como primeiras autoras Bruna Paulsen e Renata de Moraes Maciel, apenas terá aplicação imediata para criar modelos precisos de doença.

Os cientistas verificaram que os neurónios "esquizofrénicos" consomem mais oxigénio e também produzem níveis aumentados de radicais livres, que podem causar danos fatais às células.


Depressão tem explicação genética


Ficha de leitura nº17

Unidade: Património genético
Assunto: Depressão


Estudos realizados separadamente nos EUA e em Inglaterra associam a depressão ao DNA do cromossoma 3. No entanto, ainda não foi possível isolar o gene responsável.

Pesquisadora: Sara Alberto



Duas investigações distintas chegaram à mesma conclusão ao procurarem uma explicação genética para a depressão. De acordo com os investigadores, o DNA do cromossoma 3 está ligado a este problema que afecta um quinto das pessoas em algum momento da sua vida. No entanto, não foi possível isolar nenhum gene específico que o cause.

Ambos os estudos foram feitos separadamente pela Universidade de Washington, em Saint Louis, nos EUA, e pelo King’s College, em Londres, na Inglaterra, sendo que os seus resultados foram publicadas pelo “American Journal of Psychiatry”.
“O que é impressionante é que os dois grupos encontraram exactamente a mesma região em dois estudos separados”, disse Pamela Madden, investigadora da instituição norte-americana. “Estávamos a trabalhar independentemente, sem nenhum tipo de colaboração, e quando procuramos uma forma de replicar as nossas descobertas, a equipa de Londres entrou em contacto e disse-nos que tinha encontrado a mesma ligação”, referiu ainda.

Gerome Breen, autor principal do trabalho britânico, destacou que esta é a primeira vez que se encontra “uma região genética associada à depressão”, sendo que, o que torna as descobertas “impactantes” é a semelhança entre os resultados de ambos os estudos.

Investigações anteriores já tinham sugerido que o risco de depressão poderia ser determinado pela genética. Os cientistas acreditam ainda que há mais genes envolvidos no processo e, apesar de afirmarem que as novas descobertas não terão impacto imediato para os pacientes, realçam que ajudam a compreender melhor o que causa destes problemas.

"Leite humano" produzido por vacas


Ficha de leitura nº16

Unidade: Património genético
Assunto: Produção de leite humano em animais


Um grupo de investigadores chineses conseguiu introduzir genes humanos em 300 vacas, de modo a que estas produzam leite semelhante ao leite humano. O leite humano tem mais nutrientes e pode ajudar no desenvolvimento do sistema imunitário e na redução do risco de infecções em bebés.

Pesquisadora: Sara Alberto



Investigadores chineses conseguiram introduzir genes humanos em 300 vacas leiteiras para que estas produzissem leite com características semelhantes às do leite humano, noticiou o jornal inglês "The Telegraph".

O leite humano possui maior quantidade de nutrientes e pode ajudar no desenvolvimento do sistema imunitário e na redução do risco de infecções em bebés.

De acordo com o grupo de cientistas, o leite modificado pode funcionar como um substituto mais eficiente ao leite comum de vaca. "Como alimento diário, o leite de vaca é uma fonte básica de nutrição. Contudo, problemas de digestão e de absorção fazem com que não seja o alimento perfeito para o ser humano", afirmou Ning Li, investigador da China Agricultural University, responsável pelo projecto.
A equipa chinesa utilizou tecnologia de clonagem para introduzir genes humanos no DNA de vacas da raça Holstein. Em seguida, embriões geneticamente modificados foram colocados nas vacas. O leite resultante possui a enzima humana Lisozima, uma proteína antimicrobiana que protege os bebés de infecções.

Segundo Ning Li, o consumo do leite modificado é tão seguro quanto o de leite bovino comum. No entanto, uma das questões que ainda afasta o projecto do mercado consumidor são os problemas relacionados com a ética e segurança de alimentos geneticamente modificados.