quinta-feira, 31 de maio de 2012

Português descobre proteína que pode combater obesidade

Ficha de leitura nº 47
Assunto: Português descobre proteína que pode combater obesidade
Pesquisador: Vanessa

Fonte: www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2538151&seccao=Sa%FAde

Português descobre proteína que pode combater obesidade

    Um investigador português da Universidade de Santiago de Compostela descobriu uma proteína que age sobre o cérebro e o tecido gordo do organismo, acelerando a queima de gorduras, o que pode ser utilizado para combater a obesidade.

   O estudo faz parte da tese de doutoramento de Luís Martins, que disse à Agência Lusa que a proteína BMP8B age sobre uma parte do cérebro - o hipotálamo - e sobre o tecido adiposo castanho, responsável pela utilização de gordura armazenada para produção de energia.

   "Descobrimos, estudando em ratinhos, que na ausência dessa proteína existe uma maior probabilidade de engordar. Utilizámos ratinhos sem o gene dessa proteína, que foram alimentados com muita gordura e engordaram mais do que os outros, que têm a proteína", explicou.
O tecido adiposo castanho "não armazena gordura, utiliza os lípidos acumulados no tecido adiposo branco para produzir energia", através de um fenómeno chamado termogénese, e o estudo prova uma relação entre a proteína e uma aceleração do metabolismo.

   A proteína age também sobre o cérebro, como comprovou o investigador ao injetá-la na cabeça dos ratos, e assim descobrindo que "existe uma comunicação a partir do hipotálamo, através do sistema nervoso simpático [responsável pelo metabolismo corporal] até ao tecido adiposo castanho, que é ativado e aumenta o consumo de gordura".

   Uma das vantagens da proteína BMP8B é que o aumento de metabolismo que induz não leva ao aumento da vontade de comer para compensar a energia que é consumida, pelo que é promissor para eventuais tratamentos da obesidade.

   "São resultados muito preliminares, é preciso averiguar se teria a mesma função em humanos. Se tiver, seria a forma ideal de ativar o tecido adiposo castanho", indicou.

   O investigador referiu que isso é outro nível de investigação, usando outro tipo de animais, para o qual as conclusões da sua tese de doutoramento abrem a porta.

Anti-inflamatórios não esteróides podem prevenir câncer de pele

Ficha de leitura nº 46
Assunto: Anti-inflamatórios não esteróides podem prevenir câncer de pele
Pesquisador: Vanessa

Fonte: boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9757&mode=browse&titulo=anti-inflamatórios-não-esteróides-podem-prevenir-câncer-de-pele


   A aspirina e outros analgésicos anti-inflamatórios como o ibuprofeno, podem diminuir os riscos de desenvolvimento de alguns tipos de câncer de pele.

   Pesquisadores analisaram dados médicos do norte da Dinamarca desde o ano 1991 até 2009 que incluíam 3.242 diagnósticos de melanoma maligno (o tipo mais mortal da doença), 1.974 diagnósticos de carcinoma de células escamosas e 13.316 de carcinoma basocelular. O estudo incluiu também dados de 178.655 pessoas que não sofriam de nenhuma forma da doença.

   De acordo com as informações coletadas, pacientes que tinham prescrições de dois ou mais medicamentos anti-inflamatórios não esteróides tinham riscos 15% menores de desenvolverem carcinoma de células escamosas e riscos 13% menores de desenvolverem melanoma maligno, especialmente quando esses medicamentos eram consumidos a mais de sete anos ou com alta intensidade.

   “Nós esperamos que o potencial de efeito protetor dos anti-inflamatórios não esteróides contra o câncer inspirem mais pesquisa na prevenção do câncer de pele. Além disso, esse potencial de efeito protetor contra o câncer deveria ser considerado na discussão dos benefícios e danos do uso (desses medicamentos)”, explica a pesquisadora Sigrún Alba Jóhannesdóttir, da Universidade Arhus na Dinamarca.

Pílula anticoncepcional pode representar perigo para mulheres fumantes

Ficha de leitura nº 45
Assunto: Pílula anticoncepcional pode representar perigo para mulheres fumantes
Pesquisador: Vanessa

Fonte:  boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9758&mode=browse&titulo=pílula-anticoncepcional-pode-representar-perigo-para-mulheres-fumantes


   De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. O cigarro pode causar cerca de 50 doenças, como problemas cardiovasculares, vários tipos de câncer e complicações respiratórias. Hoje, 31 de maio, é o Dia Mundial sem Tabaco, e os ginecologistas alertam para um problema que, na maioria das vezes, é desconsiderado pelas mulheres fumantes: a associação entre a pílula anticoncepcional e o cigarro.

   Mulheres fumantes que utilizam pílulas anticoncepcionais podem, após os 35 anos, sofrer risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Isso ocorre porque tanto a nicotina quanto a pílula são vasoconstritores, ou seja, promovem a contração das paredes dos vasos sanguíneos.

   É importante destacar que o cigarro não inibe a ação da pílula, o que quer dizer que o anticoncepcional continua a fazer efeito. Contudo, com o passar dos anos, os riscos vão aumentando. A recomendação dos especialistas é de que a mulher que deseja engravidar abandone o cigarro de forma definitiva. A opção para quem não deseja ou consiga largar o tabaco, é utilizar outros métodos contraceptivos, como o dispositivo intrauterino (DIU) ou os implantes de progesterona.

Café pode reduzir risco de morte

Ficha de leitura nº 44
Assunto: Café pode reduzir risco de morte
Pesquisador: Vanessa

Fonte: boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9742&mode=browse&titulo=café-pode-reduzir-risco-de-morte



    Realizado nos Estados Unidos, o estudo envolveu 400.000 pessoas com idades entre 50 e 71 anos e constatou que a bebida ajuda a diminuir os riscos de morte por doença cardíaca, doença respiratória, acidente vascular cerebral, lesões, acidentes, diabetes e infecções. Essa associação não pode ser observada para o risco de morte por câncer. 
   
    Os participantes do estudo foram acompanhados desde 1995/1996 até quando morreram ou 31 de dezembro de 2008, o que viesse primeiro. As análises mostraram que o risco de morte diminuía à medida que a quantidade de café aumentava. As pessoas que consumiam três ou mais xícaras de café por dia tinham cerca de 10% menos chances de morrer.

     O consumo de café não foi associado com a mortalidade por câncer entre as mulheres, mas houve uma associação ligeira e apenas marginalmente estatisticamente significativa do consumo de café mais pesado com risco aumentado de morte por câncer entre os homens, disseram os pesquisadores.
"Embora não possamos inferir uma relação causal entre o consumo de café e menor risco de morte, acreditamos que esses resultados fornecem alguma garantia de que o consumo de café não prejudica a saúde", dizem os pesquisadores.

Cesariana aumenta risco de obesidade infantil

Ficha de leitura nº43
Assunto: Cesariana aumenta risco de obesidade infantil
Pesquisador: Vanessa

Fonte: www.alert-online.com/pt/news/health-portal/cesariana-aumenta-risco-de-obesidade-infantil



As crianças tendem a ser duas vezes mais obesas se nasceram por cesariana, dá conta um estudo publicado nos “Archives of Disease in Childhood”.

Nos EUA uma em três crianças nasce por cesariana, um método que tem sido associado ao aumento de asma e rinite alérgica. De forma a averiguar se havia alguma associação entre o tipo de parto e a obesidade das crianças, os investigadores da Harvard Medical School, nos EUA, contaram com a participação de 1.255 pares, mães e filhos.

Os investigadores verificaram que dos 1.255 nascimentos, 22,6% foram por cesariana e 77,4% por parto natural. Os investigadores mediram o comprimento e o peso dos bebés à nascença, aos seis meses e aos 3 anos de idade, tendo também sido avaliada a gordura corporal.

O estudo apurou que em comparação com as mulheres que tiverem um parto natural, as que que deram à luz por cesariana tendiam, tal como os bebés, a pesar mais e a amamentar os seus filhos durante um menor período de tempo.

Os investigadores também verificaram que em comparação com as crianças que nasceram por parto natural, as que nasceram por cesariana apresentaram um risco duas vezes maior de serem obesas, de terem um índice de massa corporal mais elevado e de apresentarem uma maior quantidade de gordura corporal, aos três anos de idade.

De acordo com os autores do estudo, estes resultados poderão ser justificados pela diferente composição das bactérias intestinais adquiridas durante o nascimento nos dois tipos de parto. Estudos anteriores mostraram que as crianças que nasciam por cesariana apresentavam uma maior quantidade de bactérias do filo Firmicutes e um menor quantidade de Bacteroides nos seus intestinos.

Os investigadores, liderados por Matthew Gillman, explicam que estas bactérias podem influenciar o desenvolvimento da obesidade através do aumento de energia extraída da dieta, da ativação das células para o aumento da resistência à insulina e da deposição de gordura e inflamação.

Os investigadores concluem que as mulheres que decidam ter filhos por cesariana devem ser informadas dos potenciais risco de saúde para o bebé, incluindo o risco de obesidade.

Suplementos de cálcio aumentam risco de enfarte agudo do miocárdio

Ficha de leitura nº 42
Assunto:  Suplementos de cálcio aumentam risco de enfarte agudo do miocárdio
Pesquisador: Vanessa

Fonte: www.alert-online.com/pt/news/health-portal/suplementos-de-calcio-aumentam-risco-de-enfarte-agudo-do-miocardio-0

A toma de suplementos de cálcio poderá aumentar o risco de enfarte agudo do miocárdio, sugere um estudo publicado na revista “Heart”.

Os suplementos de cálcio são habitualmente recomendados aos idosos e às mulheres para prevenir o desgaste ósseo. Estudos anteriores tinham associado um consumo elevado de cálcio a um menor risco de pressão arterial elevada, obesidade e diabetes tipo 2, que são conhecidos fatores de risco da doença cardíaca e acidente vascular cerebral.

Neste estudo os investigadores da University of Auckland, na Nova Zelândia, contaram com a participação de 24.000 indivíduos com idades compreendidas entre os 35 e os 64 anos de idade. Todos os participantes foram convidados a preencher um questionário sobre o tipo de dieta adotada e a toma de suplementos vitamínicos e minerais.

Durante o período de acompanhamento, que teve uma duração média de 11 anos, os investigadores constataram que ocorreram 354 enfartes agudos do miocárdio, 260 acidentes vasculares cerebrais e 267 mortes. Após terem tido em conta alguns fatores que poderiam influenciar os resultados, os investigadores verificaram que os indivíduos que consumiam uma quantidade moderada de cálcio através da dieta (820mg por dia), proveniente de qualquer fonte, tinham um risco 31% menor de terem um enfarte agudo do miocárdio do que os 25% dos participantes que tinham um consumo mais baixo. Contudo, foi verificado que o consumo de 1100 mg, por dia, deste mineral não diminuía o risco. Os autores do estudo também demonstraram que o consumo de qualquer quantidade de cálcio não protegia ou aumentava o risco de acidente vascular cerebral.

No entanto, quando os investigadores, liderados por Ian Reid, analisaram o consumo de suplementos vitamínicos e minerais verificaram que os indivíduos que tomavam suplementos de cálcio regularmente apresentavam um risco 86% maior de sofrerem um enfarte agudo do miocárdio, em comparação com aqueles que não tomavam este tipo de suplementos. Este risco agravou-se para os indivíduos que apenas consumiam suplementos de cálcio, tendo estes últimos um risco duas vezes maior de sofrer um enfarte agudo do miocárdio.

“Este estudo sugere que o aumento do consumo de cálcio através da dieta não parece apresentar benefício cardiovascular significativo, enquanto que a toma de suplementos de cálcio deverá ser feita com cautela, pois poderá aumentar o risco de enfarte agudo do miocárdio”, concluem os autores do estudo.

O facto de uma dieta rica em cálcio ser benéfica, ao contrário do que acontece com a toma de suplementos deste mineral, pode ser explicado por o cálcio na dieta ser ingerido em pequenas quantidades ao longo do dia, sendo desta forma absorvido lentamente, acrescentam ainda os investigadores.

Descoberta de gene pode conduzir a contracetivo masculino

Ficha de leitura nº41
Assunto: Descoberta de gene pode conduzir a contracetivo masculino
Pesquisador: Vanessa

Fonte: www.alert-online.com/pt/news/health-portal/descoberta-de-gene-pode-conduzir-a-contracetivo-masculino


 
Um novo tipo de contracetivo masculino pode ser criado a partir da descoberta de um gene associado ao desenvolvimento de espermatozoides, dá conta um estudo publicado na “PLoS Genetics”.

Atualmente, o único contracetivo masculino disponível baseia-se na interrupção da produção de hormonas, como a testosterona, podendo causar efeitos adversos desagradáveis os quais incluem o aparecimento de acne, irritabilidade e alterações de humor.

A produção e a maturação das células espermáticas é um processo complexo que depende de interações entre as células germinativas e mecanismos de apoio, incluindo estruturas constituídas por microtúbulos que permitem que os nutrientes e outros compostos essenciais para o crescimento dos espermatozoides cheguem às células germinativas.

Os autores do estudo explicam que está perfeitamente estabelecido que um dos componentes principais da fertilidade masculina envolve um processo que degrada e reconstrói os microtúbulos, o qual permite que os espermatozoides se movam nos testículos e amadureçam. Contudo, até à data, ainda não tinha sido identificado qual o gene responsável por este processo.

Neste estudo, os investigadores da University of Edinburgh, na Escócia, descobriram que o gene Katnal1 era expresso nas células de Sertoli testiculares que estão envolvidas na maturação das células espermáticas, tendo verificado que a perda da função deste gene conduzia à infertilidade masculina.

“Se encontramos uma forma de regular este gene, nos testículos, será possível desenvolver um contracetivo não hormonal”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Lee Smith. “Um fato importante é que o efeito deste fármaco poderia ser reversível dado que o Katnal1 apenas afeta os espermatozoides nas fases mais tardias de desenvolvimento, assim não afetaria as fases iniciais de produção de espermatozoides”, acrescentou o investigador.

Biópsias testiculares podem ajudar a infertilidade masculina

Ficha de leitura nº40
Assunto: Biópsias testiculares podem ajudar a infertilidade masculina
Pesquisador: Vanessa

Fonte: www.alert-online.com/pt/news/health-portal/biopsias-testiculares-podem-ajudar-a-infertilidade-masculina

As biópsias testiculares podem resolver muitos dos casos de infertilidade masculina, revela um estudo levado a cabo pelos investigadores da Universidade do Porto.

Os cientistas da Faculdade de medicina da Universidade do Porto chegaram a esta conclusão após terem conseguido isolar espermatozoides de quatro em cada cinco homens com infertilidade grave, recorrendo a essa técnica cirúrgica.

Para este estudo os investigadores contaram com a participação de 113 homens que foram submetidos a biópsias testiculares na consulta de Andrologia de um dos maiores hospitais nacionais. Os resultados demonstraram que foi possível obter espermatozoides em 79,6% dos participantes, que originou 58 fertilizações e 22 gravidezes.

O estudo que vai ser publicado na revista “Andrologia” promete ter um grande impacto na prática médica, dado que a realização de biópsias mostrou ser eficaz mesmo em homens com mau prognóstico, aumentando as hipóteses de conceberem em mais de 50%.

“Mesmo quando existem fatores de mau prognóstico, como testículos atróficos ou níveis de FSH elevados, por exemplo, vale a pena utilizar esta técnica”, revelou Francisco Botelho, investigador da FMUP e urologista, que chama ainda atenção para o facto da idade do homem não ser um fator que condicione o sucesso das biópsias testiculares.

O comunicado enviado pela Universidade dá conta que a biópsia testicular consiste na extração de uma pequena amostra de tecido dos testículos. É uma técnica minimamente invasiva, segura, que pode ser realizada em regime de ambulatório, sendo uma opção clínica viável para 90% dos casos em que a infertilidade se deve total ou parcialmente a causas masculinas.

Segundo Francisco Botelho ”todos os homens com infertilidade grave, independentemente das causas subjacentes, poderão ser submetidos a esta técnica e esperar um bom resultado”. O especialista acrescenta que atualmente existem várias técnicas de procriação medicamente assistida disponíveis nos grandes hospitais centrais, muitas delas comparticipadas, com bons níveis de sucesso. “Até em situações raras, como a existência de uma vasectomia ou de desequilíbrios hormonais é possível, recorrendo a outras técnicas, obter espermatozoides viáveis”.

Aspirina pode proteger contra cancro da pele

Ficha de leitura nº39
Assunto: Aspirina pode proteger contra cancro da pele
Pesquisador: Vanessa

Fonte: www.alert-online.com/pt/news/health-portal/aspirina-pode-proteger-contra-cancro-da-pele
A aspirina e outros analgésicos podem proteger contra o cancro da pele, dá conta um estudo publicado na revista científica “Cancer”.

Estudos anteriores já tinham sugerido que os fármacos anti-inflamatórios não esteroides como a aspirina e o ibuprofeno poderiam reduzir alguns tipos de cancro. No início deste ano foram publicados três estudos na revista “The Lancet” que demonstraram que a toma diária de aspirina poderia proteger os indivíduos de meia-idade contra o cancro, particularmente aqueles que se encontravam em maior risco. Um outro estudo publicado no “British Journal of Cancer” também deu conta que os pacientes com cancro do colón que tomavam aspirina tendiam a viver mais tempo.

Neste estudo os investigadores do Aarhus University Hospital, na Dinamarca, avaliaram o efeito deste tipo de fármacos em três dos principais tipos de cancro da pele: carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas e melanoma maligno.

Através da análise de registos clínicos de indivíduos que viviam no norte da Dinamarca, os investigadores constaram que tinham ocorrido, entre 1991 a 2009, 1.974 casos de carcinoma de células escamosas, 13.316 de carcinoma basocelular e 3.242 de melanoma maligno.

Após terem comparado o tipo de fármacos prescritos aos indivíduos com cancro e às 178.655 pessoas que não tinham sido diagnosticadas com esta doença, os investigadores constataram que os indivíduos com mais de duas prescrições de anti-inflamatórios não esteroides apresentavam um risco 15% menor de desenvolver carcinoma de células escamosas e 13% menor de melanoma maligno, do que aqueles que tomavam uma quantidade inferior deste tipo de fármacos. O estudo apurou que esta associação era ainda maior para aqueles que já tomavam este tipo de fármacos há mais de sete anos e com uma frequência elevada.

Os investigadores constataram que os anti-inflamatórios não esteroides não diminuíam o risco de desenvolvimento de carcinoma basocelular. Contudo, a sua toma diminuía o risco de desenvolvimento deste tipo de cancro em partes menos expostas do corpo, cabeça e pescoço, especialmente se estes já eram tomados há algum tempo ou em elevada quantidade.

Um dos autores do estudo, Sigrún Alba Jóhannesdóttir, revelou em comunicado de imprensa que espera que “este efeito protetor dos anti-inflamatórios não esteroides inspire mais investigações sobre a prevenção de cancro da pele. Adicionalmente, este efeito protetor deve ser tido em conta quando se discute os efeitos benéficos e prejudiciais da utilização de anti-inflamatórios não esteroides”.

O papel das células cerebrais na obesidade

Ficha de leitura nº 38
Assunto: O papel das células cerebrais na obesidade
Pesquisador: Vanessa

Fonte: www.alert-online.com/pt/news/health-portal/o-papel-das-celulas-cerebrais-na-obesidade

 
Investigadores americanos descobriram que as células nervosas formadas numa região específica do cérebro podem influenciar a quantidade de alimentos consumidos e consequentemente o peso, dá conta um estudo publicado na “Nature Neuroscience”.



É sabido já há algumas décadas que o cérebro continua a formar novas células nervosas até à idade adulta, acreditando-se porém que este processo, denominado por neurogénese, só ocorria em duas áreas do cérebro: no hipocampo e no bolbo olfativo, respetivamente associados com a função da memória e o olfato.


Neste estudo os investigadores da Johns Hopkins University School of Medicine, nos EUA, descobriram um terceiro local que também está envolvido na produção de neurónios, o hipotálamo. Esta região do cérebro está associada com várias funções do organismo, nomeadamente temperatura corporal, sono, fome e sede. Contudo, ainda eram conhecidas a fonte precisa da neurogénese nem a função dos novos neurónios.

Para o estudo os investigadores, liderados por Seth Blackshaw, utilizaram um modelo de ratinho tendo verificado que havia aumento do crescimento celular na eminência mediana do hipotálamo. Após terem analisado este tipo de células de proliferação rápida, os autores do estudo descobriram que estas eram um tipo específico células ependimárias e que estavam envolvidas na formação de neurónios.

Posteriormente, os investigadores avaliaram a função destas células. Com base nos resultados de estudos anteriores que tinham indicado que os animais alimentados com uma dieta rica em gordura apresentavam um maior risco de obesidade e síndrome metabólico, os investigadores foram investigar se a neurogénese no hipotálamo poderia estar envolvida neste processo.

O estudo demonstrou que em comparação com os ratinhos alimentados com uma dieta normal, a neurogénese tinha quadruplicado nos animais adultos que tinham sido alimentados, desde o desmame, com uma dieta rica em gordura. Estes ratinhos tinham também ganho mais peso e apresentavam uma maior quantidade de massa gorda, do que os animais alimentados com uma dieta normal. Adicionalmente, após terem eliminado as novas células nervosas os autores do estudo observaram que os ratinhos alimentados com uma dieta rica em gorduras ganhavam menos peso e gordura e eram mais ativos, do que animais alimentados com uma dieta normal. O que indica que estes neurónios têm um grande impacto na regulação do peso, armazenamento de gordura e gasto de energia.

Seth Blackshaw explica que “as pessoas tipicamente pensam que o crescimento de novas células nervosas é positivo, mas é só mais uma forma de o cérebro modificar o comportamento”.

Apesar de estes resultados necessitarem de uma posterior validação, na opinião do investigador, estes resultados poderão ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos da obesidade que tenham por alvo o bloqueio da neurogénese no hipotálamo.

Açafrão da índia fortalece sistema imunitário

Ficha de leitura nº 37
Assunto: Açafrão da índia fortalece sistema imunitário
Pesquisador: Vanessa

Fonte: www.alert-online.com/pt/news/health-portal/acafrao-da-india-fortalece-sistema-imunitario

Investigadores americanos descobriram mais uma razão pela qual o consumo de refeições com caril, que contém açafrão da índia, é benéfico para a saúde, revela um estudo publicado no “Journal of Nutritional Biochemistry”.
O açafrão da índia é uma especiaria amarelo-alaranjada comumente utilizada na gastronomia oriental. Adicionalmente esta especiaria tem sido utilizada, há pelo menos 2.500 anos como um composto medicinal do sistema de medicina Ayurveda, da Índia.





Neste estudo os investigadores do Linus Pauling Institute, nos EUA, e da University of Copenhagen, Dinamarca, decidiram investigar qual o efeito de um dos compostos presentes no açafrão da índia, a curcumina, e do ácido gordo ómega-3 na expressão de uma proteína envolvida no sistema imune inato.


O peptídeo antimicrobiano catelicidina, ou CAMP, é em parte responsável pela resposta do sistema imunológico na luta contra bactérias, vírus ou fungos, mesmo que não tenha havido uma exposição prévia a este tipo de agentes patogénicos. Estudos anteriores tinham descoberto que os níveis desta proteína poderiam ser aumentados através da vitamina D.

O estudo apurou que, apesar de não ser tão eficaz como a vitamina D, a curcumina quase triplicou os níveis da CAMP. “Estes resultados indicam-nos uma nova forma de regular a expressão do gene CAMP”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Adrian Gombart. “É interessante e de algum modo surpreendente como a curcumina consegue ter este efeito, podendo fornecer uma nova ferramenta para o desenvolvimento de terapias”, acrescentou o investigador.

“A curcumina é geralmente consumida na dieta em níveis baixos. Contudo, é possível que o seu consumo ao longo do tempo possa ser benéfico e ajudar a proteger contra a infeção, especialmente a do estômago do trato intestinal”, conclui Adrian Gombart.

sábado, 26 de maio de 2012

Panamá investe em mosquitos modificados para travar malária

Ficha de leitura nº8
Unidade: Património Genético
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=573327
Pesquisadora: Alexandra Esteves
Conteúdo/Assunto: Mosquitos geneticamente modificados para combater a malária 

 

Cientistas querem introduzir no Panamá mosquitos geneticamente modificados por uma empresa britânica para combater o insecto transmissor da malária, informou Néstor Sousa, director do Instituto Comemorativo Gorgas de Estudos de Saúde, com sede no Panamá.

 

Os mosquitos OGM (organismos geneticamente modificados) introduzidos seriam machos que competiriam com os seus congéneres pelas fêmeas, cuja descendência morreria por não conseguir sobreviver à fase de larva na água, a menos que recebam um suplemento nutritivo.
Esta característica corresponde a um gene introduzido em laboratório pela empresa de biotecnologia britânica Oxytec. Este processo tecnológico, ainda em fase de estudo e para o qual foram realizadas experiências no Brasil, Malásia e Ilhas Caimão, têm efeitos adversos teóricos, mas nenhum real, afirmou Sousa durante uma conferência.
Mas a técnica e a modificação genética geram muitos temores entre grupos de ecologistas, ainda mais porque até ao momento não há autorizações para este tipo de prática e os projectos para compra dos mosquitos OGM da Oxytec devem aguardar autorizações oficiais.
Sousa tenta tranquilizar os críticos. «Os efeitos adversos teóricos existem, mas não há um risco real», insistiu, acrescentando que este método de controlo é «mais seguro para o ambiente» do que os insecticidas.
Trata-se de «uma nova tecnologia para controlar as populações de mosquitos Aedes aegypti (...), ficou demonstrado que se se libertar estes mosquitos machos, periodicamente a população diminui», disse Sousa.
Além disso, assegurou que não há impacto ecológico ao eliminar o Aedes aegypti porque os mosquitos podem fazer «as suas mesmas funções» no ecossistema.
A tecnologia RIDL, da Oxytec, é uma variação melhorada da Técnica do Insecto Estéril, usada no Panamá há vários anos para controlar a Cochliomyia hominivorax.
Nesta técnica, machos «estéreis» são libertados para acasalar com fêmeas selvagens, reduzindo o êxito reprodutivo destas fêmeas. Repetidas libertações levam, portanto, à supressão da população selvagem.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cientistas conseguem transformar células da pele em tecido cardíaco

Ficha de leitura nº4
Assunto:  Tecido cardíaco através de células da pele

 Cientistas afirmam ter conseguido transformar, em laboratório, células da própria pele de pacientes em tecido de coração.
  Em última análise, eles esperam que as células-tronco possam ser utilizadas para tratar pacientes com insuficiência cardíaca.
  Como as células transplantadas são do próprio paciente, o problema da rejeição de tecidos seria evitado, disseram os cientistas ao "European Heart Journal".
  Os primeiros testes em animais mostraram-se promissores, mas o tratamento ainda está a anos de ser usado em pessoas.


Pesquisadora : Daniela Carvalho


  Especialistas têm usado cada vez mais células-tronco para tratar uma variedade de problemas cardíacos e outras condições como a diabetes, doença de Parkinson ou Mal de Alzheimer.
  As células-tronco são importantes porque têm a capacidade de se transformar em diferentes tipos de células, e os cientistas estão trabalhando para levá-las a reparar ou regenerar órgãos danificados ou tecidos.

'Nova e emocionante'
  No mais recente estudo, uma equipe de Israel usou células da pele de dois homens com insuficiência cardíaca e as misturou, em laboratório, a um coquetel de genes e produtos químicos.
  As células-tronco que eles criaram eram idênticas às células musculares saudáveis do coração. Quando estas células foram transplantadas para um rato, eles começaram a fazer ligações com o tecido do coração no entorno.
  O professor pesquisador Lior Gepstein, disse: "O que é novo e instigante nessa pesquisa é que mostramos que é possível retirar células da pele de um paciente idoso com insuficiência cardíaca avançada e chegar a uma amostra de laboratório de células saudáveis e jovens -- em estágio equivalente ao das células do coração quando o paciente nasceu".
  Os pesquisadores dizem que mais estudos são necessários antes que possam começar os testes em seres humanos.
  Dr. Mike Knapton, da Fundação Britânica do Coração, disse: "Esta é uma área muito promissora de estudo. No entanto, ainda temos um caminho a percorrer antes que essas descobertas possam ser aplicadas".

sábado, 19 de maio de 2012

Meningite: Investigadores mais perto de descobrir vacina

Ficha de leitura nº6
Assunto: meningite
Pesquisadora: Catarina Ribeiro


Um grupo de investigadores de uma universidade australiana afirma estar mais perto de desenvolver uma vacina contra um tipo de meningite, que ataca maioritariamente na Europa e na América do Norte e mata anualmente centenas de pessoas.
Testes feitos em adolescentes na Austrália, Polónia e Espanha demonstraram que estes desenvolviam imunidade sem grandes efeitos secundários, de acordo com um estudo publicado na revista médica "The Lancet Infectious Diseases".
Depois de lhes ser administrada a vacina, os membros do grupo de teste geraram anticorpos que são ativos contra 90 por cento das estirpes de meningite do grupo B, que afetam os Estados Unidos e a Europa.
"Os dados sugerem que esta vacina é uma promissora e amplamente protetora da doença meningocócica do subgrupo B", afirmou o primeiro autor do estudo, Peter Richmond, da Escola de Pediatria e Saúde da Criança da Universidade do Oeste da Austrália.
A meningite, uma inflamação das películas que envolvem o cérebro e a espinal medula, atinge sobretudo adolescentes e tem uma taxa de mortalidade entre os cinco e os 14 por cento.


Plano dos EUA salvou 740.000 vidas em África

Ficha de leitura nº5
Assunto: luta contra a sida, diminuição da mortalidade
Pesquisadora: Catarina Ribeiro


O plano de ajuda urgente dos Estados Unidos para a luta contra a sida (Pepfar) contribuiu para uma nítida diminuição da mortalidade em África, segundo um estudo publicado na terça-feira, noticia a AFP.
De 2004 a 2008, o Pepfar permitiu uma redução de cerca de 20 por cento do risco de morte nos países da África subsariana onde foi aplicado, indicam os autores do estudo, publicado na revista médica norte-americana "Journal of the American Medical Association", datada de 16 de maio.
Os autores quantificam em mais de 740.000 as vidas salvas durante este período.
"Ficámos surpreendidos e impressionados ao constatar uma tamanha redução da mortalidade", sublinha um dos principais autores do estudo, Eran Bendavid, professor adjunto de Medicina na Universidade de Stanford, na Califórnia.
O Pepfar começou em 2003, sob a Presidência de George W. Bush, dotado de 15.000 milhões de dólares (12.000 milhões de euros), para aplicar ao longo de cinco anos em 15 países, na sua maioria na África subsariana, em tratamentos antirretrovirais e medidas de prevenção.
O Congresso dos EUA autorizou em 2008 a sua renovação e estendeu-o a 31 países.

Adolescente de 15 anos inventa teste de papel PARA DETECTAR CANCRO DO PÂNCREAS

Ficha de leitura nº4
Assunto: cancro do pâncreas
Pesquisadora: Catarina Ribeiro




Um sensor feito de papel que testa urina ou sangue e detecta cancro do pâncreas de forma rápida e sem grandes custos. Não foi uma grande farmacêutica que o desenvolveu. Foi um adolescente de quinze anos de Maryland, nos Estados Unidos. O sensor é 100 vezes mais sensível e 28 vezes mais rápido que os testes existentes no mercado.

A incrível descoberta de Jack Andraka foi hoje reconhecida com o grande prémio da feira de ciência e engenharia Intel ISEF, que decorreu em Pittsburgh. Andraka não só venceu a categoria de Medicina e Ciências da Saúde como foi o melhor de toda a competição, recebendo 75 mil dólares - um prémio que o deixou literalmente em histeria.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

As cidades europeias precisam de se adaptar às alterações climáticas

Ficha de Leitura nº6
Assunto: Alterações Climáticas
Pesquisador: João Paraíso
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54179&op=all


"Relatório da Associação Europeia do Ambiente alerta para consequências graves

Três quartos dos europeus vivem em cidades e a maior parte daquilo que é produzido vem delas. As áreas urbanas estão em risco devido às alterações climáticas, segundo um relatório da Associação Europeia do Ambiente (EEA) divulgado ontem. O documento alerta que o continente devia aproveitar a oportunidade para se adaptar às mudanças, já que uma adaptação tardia levará a prejuízos maiores. Na Europa, as temperaturas estão a subir, a precipitação a mudar e o nível do mar a subir. O relatório «Adaptação urbana às alterações climáticas na Europa» refere que os efeitos não se sentirão uniformemente pelo continente fora e, por isso, as cidades precisam de investir e avançar com medidas de boas práticas. “Caso os líderes políticos não se apressem, mais cara será a adaptação e maior o perigo para os cidadãos”, lê-se.


Esta é a primeira avaliação da vulnerabilidade urbana perante as alterações climáticas no continente europeu. Inclui ainda uma distinção entre “a composição do desenho das áreas urbanas e as rurais”, por estas afectarem o impacto das alterações climáticas nas cidades. Por exemplo, uma grande quantidade de superfícies artificiais e pouca vegetação levam à exacerbação de ondas de calor. E este chamado “efeito de calor da ilha urbano” leva a temperaturas muito mais altas nas cidades do que nas zonas envolventes. “Já são muitas as cidades que enfrentam escassez de água, outras cheias ou ondas de calor excessivas, que se estima que sejam cada vez mais intensas e frequentes”, disse a directora-executiva da AEE, Jacqueline McGlade.Adaptação global é urgente Um exemplo disso foram os aguaceiros que ocorreram em Copenhaga em 2011. O centro da cidade ficou completamente inundado e os prejuízos contabilizados excederam os 650 milhões de euros. A frequência com que situações destas aconteçam deve aumentar no futuro, com as alterações climáticas. De acordo com o relatório, uma quinta parte das cidades europeias, com mais de 100 mil habitantes é muito vulnerável a inundações e mais de metade têm poucas zonas vegetadas e podem sofrer de grandes ondas de calor. Os dados tornam-se especialmente relevantes para as zonas onde há população vulnerável, como idosos, na Itália, Alemanha e outras no Norte de Espanha. As cidades estão marcadamente interligadas com outras zonas urbanas e regiões da Europa. O relatório realça que a adaptação é, por isso, não só uma tarefa local mas necessita de uma acção conjunta a todos os níveis de política."


Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54179&op=all

Medicamento para transplantes renais reforça vacina contra cancro da mama

Ficha de Leitura nº5
Assunto: Luta contra o cancro da mama
Pesquisador: João Paraíso
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54219&op=all


"Autores da investigação defendem que devem ser realizados mais estudos para confirmar os resultados

O medicamento daclizumab, que é geralmente usado para evitar a rejeição em transplantes renais, poderá agora ser o complemento da vacina contra o cancro da mama, segundo demonstrou um estudo de investigação da Perelman School of Medicine e do Abramson Family Cancer Research Institute, ambos da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Os investigadores demonstraram que este reforço pode aumentar em 30 por cento a taxa de sobrevivência, já que o fármaco tem a capacidade de esgotar células T reguladoras (Tregs) e restaurar a capacidade do sistema imunológico de combater os tumores, quando doseado a pacientes a quem foi ministrada a vacina contra o cancro da mama.

De acordo com o líder do estudo, Robert Vonderheide, o fármaco ajudou o organismo a conservar as células de defesa durante dois meses, sem apresentar efeitos secundários e aumentou em sete meses, a taxa sobrevivência das pacientes – comparativamente a apenas a toma da vacina. No entanto, os autores da investigação defendem que devem ser realizados mais estudos para confirmar os resultados e reforçar a capacidade do sistema imunitário perante os tumores. Durante o estudo, o medicamento foi doseado e administrado a dez doentes com cancro da mama já em metástase, a quem já tinha sido igualmente doseada uma vacina experimental desenvolvida e fabricada naquela universidade. Este tipo de imunoterapia consiste em treinar o sistema imunológico para que destrua células cancerígenas. Segundo a equipa, a droga ajudou o organismo das mulheres a quem foi administrada, durante os testes, a reestabelecer a capacidade que o sistema imunológico tem em combater os tumores."

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54219&op=all

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Estudante americana contrai bactéria que devora a pele e causa amputação



Ficha de leitura nº3
Assunto: Bactéria Aeromonas hydrophila

 Depois de contrair uma rara doença de pele, que deixa os tecidos com aspecto necrosado, como se a pele fosse devorada aos poucos, uma estudante norte-americana de 24 anos teve a perna amputada e deve perder ainda os dedos das mãos e parte do abdómen.


Pesquisadora: Daniela Carvalho

Aimee Copeland estava andando em uma tirolesa artesanal próxima ao um rio quando a linha se rompeu. Ao cair, um grande corte se fez em sua perna esquerda. Apesar de a ferida ter sido tratada, uma bactéria se alojou em sua pele, deixando toda sua perna com um aspecto de necrose.

Aimee Copeland sofre com doença chamada fasceíte necrotizante (Foto: Reprodução/ABC) (Foto: Reprodução/ABC)

 A doença é conhecida como fasceíte necrotizante. A infecção destroi as camadas internas e externas da pele, porque a bactéria libera toxinas que destroem os tecidos.

A bactéria Aeromonas hydrophila vive em clima quente e em água fresca, como a de rios onde a estudante se acidentou. O germe raramente causa a doença, mas quando ela se manifesta, a infecção é extremamente grave e pode levar a morte.
Apesar de Copeland estar mostrando sinais de recuperação, a garota respira com ajuda de aparelhos e, por causa do tubo de respiração, não consegue falar.
Mas sua família ainda acredita na recuperação da jovem, que já mostrou avanços nas funções cerebrais, que também estavam sendo afetadas. Assim como seus amigos de faculdade onde ela estudava psicologia, que se reuniram para fazer vigilía em nome da colega.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Tatuagem eletrónica vai monitorar gravidez em tempo real

Ficha de leitura nº7
Unidade: Reprodução e Manipulação da fertilidade
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=tatuagem-eletronica-monitorar-gravidez&id=7763
Pesquisadora: Alexandra Esteves
Conteúdo/Assunto: Tatuagem que monitoriza a gravidez em tempo real

Tatuagem eletrónica vai monitorar gravidez em tempo real


Há cerca de um mês, pesquisadores anunciaram a criação de curativos eletrônicos, capazes de monitorar e eventualmente cuidar da saúde.
A inovação chamou a atenção da Fundação Bill & Melinda Gates, que quer adaptá-la para monitorar a "qualidade da gravidez", o que inclui a saúde da mãe e do bebê ainda no útero.
São circuitos eletrônicos flexíveis, que seu criador, Dr. John Rogers, chamou de eletrônica epidermal.
Eles são aplicados diretamente sobre a pele, como as tatuagens usadas pelas crianças, usando água e descolando-se de um plástico de suporte.
Tatuagem eletrônica vai monitorar gravidez em tempo realMonitor contínuo de gravidez
O Dr. Rogers uniu-se a uma equipe multidisciplinar, formada por médicos e bioengenheiros, para aprimorar o aparelho, que eles já batizaram de "monitor contínuo de gravidez".
Em uma primeira etapa, a tatuagem eletrônica deverá monitorar as contrações uterinas, os batimentos cardíacos do feto, o oxigênio disponível para o bebê, assim como a temperatura corporal e os batimentos cardíacos da mãe.
"Nosso objetivo é detectar com precisão os sinais e os sintomas do início de um trabalho de parto prematuro, de forma confiável e não-invasiva," disse o Dr. Gladys Ramos, membro da equipe.
Os sinais coletados da mãe poderão ser transmitidos periodicamente ao médico por meio de um telefone celular.
Em uma segunda etapa, a equipe pretende adicionar sensores capazes de monitorar continuamente detalhes específicos das gravidezes de alto risco.


domingo, 13 de maio de 2012

Enfraquecimento do sistema imunitário dos astronautas explicado

Ficha de Leitura nº4
Assunto: Sistema Imunitário
Pesquisador: João Paraíso
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54109&op=all


"Estudo revela como manter células vivas e de boa saúde

Um estudo realizada na Estação Espacial Internacional (ISS) oferece pistas para se perceber por que razão o sistema imunitário dos astronautas não funciona tão bem no espaço e as recentes descobertas podem beneficiar os mais idosos na Terra. A enzima 5-LOX poderá explicar como manter as células vivas e de boa saúde no sistema imunitário. Os astronautas estão sujeitos a diferentes tipos de stresse no processo de adaptação à microgravidade e embora já se soubesse que o sistema imunitário não funciona tão bem no espaço, perceber porque é que isto acontece é um dos motores da investigação espacial.

Os investigadores da Universidade de Teramo, o Centro Europeu para a Pesquisa do Cérebro e a Fundação Santa Lucia descobriram que uma enzima, denominada 5-LOX, torna-se mais activa em ambientes de ausência de gravidade. A 5-LOX regula de certo modo a esperança de vida das células. A maior parte das células divide-se e regenera-se, mas o número de vezes que isto acontece é limitado. Será que são alterações na actividade da enzima 5-LOX que estão a afectar a saúde dos astronautas no espaço? Para descobrir a resposta, os cientistas precisaram de testar a sua teoria no único laboratório em que se pode ‘desligar’ a gravidade: a Estação Espacial Internacional. A experiência foi a seguinte: Foram recolhidas amostras de sangue de dadores saudáveis, enviadas posteriormente para a Estação. Uma parte do sangue foi exposta à ausência de gravidade por dois dias, enquanto a outra foi mantida numa pequena centrifugadora para simular a gravidade da Terra. As amostras foram então congeladas e enviadas para a Terra, para análise.Tal como previsto, a actividade da 5-LOX era maior nas amostras que estiveram em ausência de gravidade do que nas amostras da centrifugadora ou de que no sangue que ficou em terra. Na realidade, as amostras da centrifugadora mantiveram-se idênticas às amostras em terra. Mauro Maccarrone, da universidade de Teramo, explica, “agora temos um alvo, uma enzima que pode ter um papel importante no enfraquecimento do sistema imunitário. A 5-LOX pode ser bloqueada com moléculas que já existem, portanto a utilização destas descobertas na saúde das pessoas é uma realidade próxima.” A investigação em torno da enzima e dos compostos com ela relacionada continuará. Uma experiência de follow-up voltou à Terra numa cápsula Soyuz, com a expedição 30, na semana passada. Os cientistas procuram agora outras alterações nas células de forma a perceberem o mecanismo por completo. Limitar a actividade biológica dos sinais celulares, tais como os controlados pela 5-LOX, pode inclusivamente atrasar o processo de envelhecimento. Estas descobertas estão a ser partilhadas entre a comunidade científica, em especial com os investigadores que se dedicam ao estudo das deficiências imunitárias. Espera-se que os idosos possam beneficiar deste campo de investigação."


Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54109&op=all



Ficha de Leitura nº3
Assunto: Vírus relacionado com o sexo oral
Pesquisador: João Paraíso
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54083&op=all




"Infecção pelo vírus do papiloma humano tem afinidade com as mucosas

Tradicionalmente, o cancro oral afectava sobretudo homens a partir dos 50 anos com hábitos alcoólicos e tabágicos acentuados. Mas esta realidade alterou-se e actualmente são diagnosticados casos em jovens aparentemente saudáveis. Este facto deve-se à infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), com grande afinidade para as mucosas oral e genital. A prática de sexo oral desprotegido é um factor de risco para esta infecção e, por conseguinte, para o desenvolvimento de cancro oral. Estas lesões tumorais surgem, sobretudo, na língua e no palato (céu da boca), em jovens de ambos os sexos.


“Os registos do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa atestam esta realidade, gerando grande preocupação entre todo o corpo clínico”, afirma o Daniel de Sousa, chefe de Serviço de Cirurgia da Cabeça e Pescoço do IPO de Lisboa e de Medicina e Patologia Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. O médico está a organizar o VI Congresso de Oncologia Oral para trazer a Portugal os maiores especialistas mundiais nesta matéria: Kari Syrjänen e Stina Syrjänen, que apresentarão trabalhos originais sobre os mecanismos de infecção do HPV, factores de risco e implicações no tratamento do cancro oral. O cancro oral é o conjunto de tumores malignos que afectam qualquer localização da boca (dos lábios à garganta). É o sexto mais comum em todo o mundo. Surge de uma forma assintomática, só se tornando dolorosa tardiamente. O índice de mortalidade é elevado: a maioria das lesões tumorais é diagnosticada em estádios avançados, pelo que as taxas de sobrevivência são reduzidas, morrendo de 300 portugueses todos os anos por doença oncológica da cavidade oral. A chave para o seu tratamento é um diagnóstico atempado, facilitado por visitas regulares ao médico dentista."

Consumo de café pode tratar crianças hiperactivas

Ficha de Leitura nº2
Assunto: Hiperatividade
Pesquisador: João Paraíso
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54085&op=all


"Estudo mostra que a cafeína restabelece função da dopamina

Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) e Centro de Neurociências (CNC) acabam de concluir que a administração de cafeína, em doses equivalentes a três ou quatro chávenas de café por dia, controla o défice de atenção e hiperactividade sem causar efeitos secundários, nomeadamente dependência, como acontece com a ritalina, o fármaco derivado da anfetamina utlizado actualmente para controlar a patologia.

 O estudo tem sido desenvolvido ao longo dos últimos três anos em ratos e para além de demonstrar que a cafeína é benéfica porque restabelece a função da dopamina enquanto neurotransmissor do cérebro, permitiu também evidenciar diversas modificações que ocorrem no cérebro em situações de défice de atenção e hiperactividade. Segundo o líder da investigação, Rodrigo Cunha, “é seguro afirmar que o consumo de café é benéfico em crianças e adolescentes, mas a clínica deve obedecer a todo um protocolo”. O também docente da Faculdade de Medicina (FMUC) sublinha que “os resultados obtidos carecem ainda de ensaios clínicos e, por isso, não se deve ainda recomendar aos cuidadores de crianças hiperactivas a inserção de café na sua dieta”. As conclusões da investigação, a ser publicada na revista European Neuropsychopharmacology, são promissoras para o “desenvolvimento de uma nova geração de fármacos muito mais selectivos, ou seja, medicamentos que actuam apenas no tratamento da défice de atenção e hiperatividade, não causando os denominados efeitos colaterais ou secundários, concretamente toxicidade e dependência”, conclui Rodrigo Cunha."

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54085&op=all

Luzes azuis apagam-se finalmente para doentes de Crigler-Najjar

Ficha de leitura nº1
Assunto: Doença Rara
Pesquisador: João Paraíso
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54117&op=all



"Investigadora lusa descobre terapia genética para tratamento de doença rara 


A síndrome de Crigler-Najjar ou de Arias é uma doença genética extremamente rara, que exige que os pacientes estejam, no mínimo 12 horas por dia, sob o efeito de uma luz azul para poderem viver. Aliás, em Portugal apenas há um doente descrito, na zona de Bragança; a nível mundial, o grupo a carregar esta doença é também restrito e os que existem pertencem essencialmente a comunidades fechadas, tal como os Amish – grupo religioso cristão anabaptista, conhecido pelos seus costumes conservadores –, nos Estados Unidos. Por isso, a investigação sobre o assunto é inexistente no nosso país e muito pouco popular no resto do globo. No entanto, a cientista portuguesa Paula S. Montenegro Miranda, do Tytgat Institute, em Amesterdão (Holanda), desenvolveu um estudo e descobriu uma terapia genética para esta doença autossómica recessiva. A investigadora elaborou toda uma tese de doutoramento – apresentada hoje na Universidade de Amesterdão – sobre o tratamento.


“Existe mesmo uma clínica de crianças para a comunidade Amish, já que sofrem imenso de doenças hereditárias, por se casarem dentro da mesma família”, segundo sublinhou Paula Miranda, ao jornal«Ciência Hoje». A investigadora explica que esta é uma doença que se caracteriza “pela mutação de uma enzima essencial para a excreção da bilirrubina" (produto do metabolismo do heme da hemoglobina) – que é neurotóxica em grandes quantidades – e é, por isso, que “os bebés, por exemplo, quando nascem com icterícia têm de ficar sob uma luz azul durante algum tempo. No caso destes doentes, tem de ser para a vida toda, por não conseguirem excretá-la”. Geralmente, estes pacientes ficam em tratamento de fototerapia durante pelo menos 12 horas por dia – geralmente à noite. A fototerapia exige que a pele fique exposta ao máximo. Como “a bilirrubina é hidrofóbica e a luz leva à criação de foto-isómeros, que permitirão que seja excretada”, continuou. A doença cria uma situação de prisão eterna e, por isso, a investigação de Paula Miranda foi financiada pelos próprios pacientes. Os grupos do Academic Medical Centre, num dos quais se insere agora a cientista lusa, em Amesterdão, já estudam as mutações da doença há mais de 30 anos. Vector da enzima UGT1A1 O projecto de Paula Miranda centrou-se no estudo do vírus AAV (Adeno-associated vírus), que “não provoca nenhuma doença" e, por isso, é usado como “vector da enzima UGT1A1”, que está em falta e transforma a forma insolúvel da bilirrubina para solúvel em água. Curiosamente, existe um mutante natural, o “gun rat” – descrito antes da própria doença –, que tem igualmente uma carência dessa enzima e também não consegue excretar a bilirrubina. O “gun rat” serviu de modelo para a terapia e os resultados foram um sucesso. “Conseguimos normalizar os níveis de bilirrubina”, contou a investigadora. O próximo ensaio clínico será com seis pacientes na Holanda e outros seis na França, dentro de dois anos, para testar a eficiência do vector. Mas, em princípio, os doentes da síndrome de Crigler-Najjar "poderão finalmente deixar de precisar" da fototerapia azul, segundo concluiu Paula S. Miranda."


Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54117&op=all

sábado, 12 de maio de 2012

Doenças provocadas por fungos destroem cada vez mais culturas

Ficha de leitura nº2
Assunto: destruição de culturas por fungos
Pesquisadora: Sara Alberto


Verifica-se desde meados do século XX um aumento da destruição de culturas essenciais, devido a fungos. Anualmente, 125 milhões de toneladas de arroz, trigo, milho, batata e soja são destruídas.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=53818&op=all



O aumento das doenças causadas por fungos está a destruir colheitas que dariam para alimentar milhões de pessoas e ameaça a biodiversidade, revela um estudo publicado na revista científica «Nature». Cientistas da Universidade de Oxford e do Imperial College de Londres estudaram o aumento do número e a gravidade das infecções por fungos sobre a fauna e a flora a partir de meados do século XX.
De acordo com o artigo, o aumento das doenças provocadas por fungos nas plantas e nos animais ameaça a segurança alimentar e a estabilidade dos ecossistemas naturais. As infecções por fungos destroem anualmente 125 milhões de toneladas das cinco principais culturas – arroz, trigo, milho, batata e soja – que proporcionam a maior parte das calorias consumidas.
Se as culturas não fossem destruídas, mais de 600 milhões de pessoas em todo o mundo poderiam ser alimentadas, segundo os cálculos de Matthew Fisher, investigador da Faculdade de Saúde Pública do Imperial College de Londres e principal autor do estudo.
Só nas colheitas de arroz, trigo e milho, os prejuízos causados por fungos ascendem, por ano, a 45,9 mil milhões de euros. Os cientistas, que defendem um maior controlo das infecções fúngicas, alertam que o seu risco para as plantas já ultrapassou o das doenças provocadas por bactérias e vírus.
As infecções por fungos ameaçam também espécies como abelhas, tartarugas marinhas, corais, anfíbios e morcegos. Os peritos britânicos estimam que 70 por cento das extinções de espécies animais e vegetais têm origem numa doença fúngica. Os fungos são responsáveis pela maior perda de biodiversidade documentada até agora, depois de terem infectado aproximadamente 500 espécies de anfíbios em 54 países.
No artigo, os investigadores defendem medidas de prevenção, como o controlo mais apertado do comércio de plantas e produtos animais, assim como mais fundos para investigar métodos que detenham a expansão de algumas infecções endémicas que ainda estão limitadas a uma área geográfica.




Fábrica produz pele humana na Alemanha

Ficha de leitura nº1
Assunto:  produção de pele humana em laboratório
Pesquisadora: Sara Alberto


Investigadores do Instituto Fraunhofer em Estugarda, na Alemanha, descobriram recentemente um método de produção de pele humana artificial rápido e com custos reduzidos. 



A pele é o maior órgão humano e tem sido criado com sucesso em laboratório, mas com custos elevados e através de um processo moroso. Agora, cientistas alemães conseguem fabricar o tecido a partir de uma máquina. A proeza foi realizada no Instituto Fraunhofer, em Estugarda (Alemanha), onde utilizam células de pele humana para recriar novos tecidos e o processo é feito por robôs num ambiente esterilizado para evitar a contaminação dos tecidos.

Já era possível fazê-lo, mas o método era manual e lento. Outra das diferenças que demarcam o recente processo é a capacidade de produzir pele a três dimensões. Neste contexto, engenheiros e biólogos do instituto decidiram unir esforços e criar um projecto único a nível mundial: uma fábrica para pele humana.
Segundo a cientista Heike Walles explica na página da instituição, uma das particularidades da tecnologia é precisamente essa capacidade de criar pele a 3D. Existem sistemas de testes cutâneos que têm apenas uma camada.

Através da tecnologia complexa e do desenvolvimento de diferentes materiais são capazes de produzir várias camadas de pele e de cultivar mais tipos de células num único processo. No futuro, estes avanços científicos poderão reconstruir a órgãos e resolver o problema da rejeição.

Actualmente, a fábrica já produz cinco mil unidades de pele por mês e, por enquanto, a nova técnica é utilizada pela indústria cosmética e farmacêutica, de forma a evitar testes em animais. Para ser usada em outros campos, os investigadores defendem que é necessário fazer mais investigação.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Artrite está associada à depressão e ansiedade

Ficha de leitura nº36
Assunto: Artrite está associada à depressão e ansiedade
Pesquisador: Vanessa

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9718&mode=browse&titulo=artrite-est%C3%A1-associada-%C3%A0-depress%C3%A3o-e-ansiedade

     A artrite reumatóide, uma doença que causa a inflamação das articulações, pode estar associada à depressão. De acordo com um novo estudo realizado nos Estados Unidos, um terço dos pacientes acima de 45 anos que sofrem de artrite também têm condições que comprometem a saúde mental

    Os dados da pesquisa mostram que dentre pessoas com artrite, a ansiedade é duas vezes mais comum do que a depressão, apesar de a prática clínica focar mais esta condição.

   A pesquisadora Louise Murphy utilizou dados obtidos através de um questionário aplicado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Foram selecionadas respostas de adultos que tinham sintomas de artrite, e a ansiedade e a depressão foram abordadas através de questões sobre bem estar emocional. Os pesquisadores identificaram 1.793 pessoas que haviam recebido diagnósticos de condições reumáticas de seus médicos.

   Um terço dos participantes disse sofrer pelo menos de uma das duas condições emocionais, e 84% das pessoas que sofriam de depressão também tinham ansiedade. Apesar de os pesquisadores não terem conseguido traçar um perfil de características para pessoas com essas doenças, eles perceberam que apenas metade desse grupo procurou tratamento emocional.
   
   “Dando sua prevalência alta e as opções eficazes de tratamento disponíveis, nós sugerimos que todas as pessoas com artrite sejam examinadas para ansiedade e depressão”, afirma a Dra. Murphy. 

    “Com tantos pacientes de artrite que não procuram tratamento para saúde mental, provedores de cuidados de saúde estão perdendo uma oportunidade de intervenção que poderia melhorar a qualidade de vida de pessoas com artrite”, completa.

    A pesquisa foi publicada no periódico Arthritis Care & Research.

Vitamina D pode ajudar a baixar a pressão arterial

Ficha de leitura nº35
Assunto: Vitamina D pode ajudar a baixar a pressão arterial
Pesquisador: Vanessa

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9714&mode=browse&titulo=vitamina-d-pode-ajudar-a-baixar-a-press%C3%A3o-arterial

      A pressão arterial elevada pode causar diversos problemas de saúde, incluindo problemas cardíacos. Suplementos de vitamina D têm se mostrado uma arma para baixar a pressão arterial em pacientes com hipertensão.

    O estudo, realizado no Hospital Holstebro, na Dinamarca, envolveu 112 pacientes que tiveram seu nível de vitamina D medido no início da pesquisa. Desses, 92 tinham níveis baixos da vitamina. Após essa primeira medição, os pacientes foram divididos em dois grupos: um que recebeu vitamina D e outro que recebeu um placebo durante 20 semanas.

     Segundo Dr. Thomas Larsen, coordenador da pesquisa, o estudo mostrou que aqueles pacientes que tomaram suplementos de vitamina D apresentaram uma redução significativa na região central da pressão arterial sistólica, quando comparado com o grupo que recebeu um placebo.

     Percebeu-se também uma redução na pressão arterial ambulatorial - pressão arterial medida no braço várias vezes ao dia -, nos pacientes que originalmente apresentavam deficiência em vitamina D.

     “Provavelmente, a maioria dos europeus têm deficiência de vitamina D, e muitos deles apresentam hipertensão também”, diz Dr. Larsen. “A vitamina D não é uma cura para hipertensão nesses pacientes, mas pode ajudar, especialmente no inverno. No entanto, é importante salientar que este foi um estudo pequeno e que são necessários estudos mais amplos para fornecer mais evidências sólidas”, completa.

       Os resultados foram apresentados na European Society of Hypertension Meeting , em Londres.

Estresse na infância pode causar envelhecimento precoce

Ficha de leitura nº34
Assunto: Estresse na infância pode causar envelhecimento precoce
Pesquisador:Vanessa

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9711&mode=browse&titulo=estresse-na-inf%C3%A2ncia-pode-causar-envelhecimento-precoce

     Traumas e situações de violência vivenciados por crianças podem fazer com que elas passem por processos acelerados de envelhecimento biológico.
    O abuso e o estresse na infância já foram associados a um maior risco de doenças e problemas de saúde na vida adulta, e um novo estudo desenvolvido na Universidade Duke (Estados Unidos) mostra que essas experiências podem também acelerar o envelhecimento físico das vítimas.
      “Essas crianças são mais velhas do que elas deveriam ser”, explica o pesquisador Idan Shalev, o que poderia colocá-las em risco de morte prematura.
     Para investigar essa hipótese, os pesquisadores observaram os telômeros do DNA, que ficam nas pontas dos cromossomos e diminuem com cada divisão de célula. Assim, eles são um indicativo confiável do envelhecimento do corpo. A literatura médica mostra que pessoas que têm telômeros mais longos têm chances maiores de terem tido infâncias tranquilas.
      Os pesquisadores acreditam que o estresse seja o causador do encurtamento dessas estruturas, já que a violência causa maiores níveis de inflamação no corpo. Esse aumento na inflamação seria então responsável pelo menor comprimento dos telômeros.
      De acordo Shalev, a equipe encontrou evidências de que “o envelhecimento do sistema imunológico de crianças pode ser afetado de forma adversa por estresse severo vivenciado na infância, uma cicatriz que pode permanecer durante décadas. Esse estudo ressalta a importância vital da redução da exposição à violência em crianças – tanto do bullying quanto do abuso familiar”.

Teste de sangue pode detetar cancro da mama

Ficha de leitura nº33
Assunto: Teste de sangue pode detetar cancro da mama
Pesquisador: Vanessa

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2452118&seccao=Sa%FAde



     Investigadores descobriram associação entre cancro da mama e uma modificação genética, possivelmente detectável através de um simples teste ao sangue.
     Foram dados os primeiros passos no desenvolvimento de um teste ao sangue que permita descobrir a existência de cancro da mama no organismo. Esta possibilidade foi levantada depois de uma investigação que abrangeu cerca de 1400 mulheres de diversas idades, sendo que 640 das mesmas desenvolveram cancro da mama.
     Segundo o jornal britânico The Guardian, estes cientistas descobriram uma forte associação entre o risco de contrair cancro da mama e a existência de uma modificação ao nível do gene ATM, identificável por um teste aos glóbulos brancos presentes no sangue.
     As mulheres que mostraram os mais elevados níveis desta modificação têm o dobro da probabilidade de desenvolver cancro da mama em relação a mulheres com estes níveis mais baixos.
Este gene ATM foi também associado a outro tipo de doenças cancerígenas, como diversos linfomas.
Agora, está em desenvolvimento o teste de sangue que, no futuro, pode detectar a doença em estágios muito primários facilitando, assim, a sua cura.

Fumar pode aumentar risco de esquizofrenia

Ficha de leitura nº32
Assunto: Fumar pode aumentar risco de esquizofrenia
Pesquisador: Vanessa

Fonte: http://agencia.fapesp.br/15375

      
      Agência FAPESP – O hábito de fumar pode ampliar o risco de desenvolver esquizofrenia em pessoas saudáveis que possuam variantes genéticas para o transtorno mental. A descoberta está em um estudo publicado esta semana pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Boris Quednow, do Hospital Universitário de Psiquiatria em Zurique, na Suíça, e colegas identificaram que em pessoas com tais variantes um marcador neurobiológico para a esquizofrenia se mostrou mais presente entre fumantes do que naqueles que não fumam.
Os pesquisadores investigaram a relação entre variantes do gene TCF4 (“fator de transcrição 4”), cuja presença é conhecida por aumentar o risco de desenvolver esquizofrenia, com o déficit de processamento de informações associado ao transtorno. O TCF 4 é uma proteína com papel importante na formação cerebral.
O grupo avaliou 1.821 voluntários saudáveis e encontrou 21 mutações para o gene TCF4. Portadores de quatro dessas variantes apresentaram alterações no processamento de informações sonoras, conforme verificado por exames de eletroencefalografia.
Quando os resultados foram ajustados de acordo com o hábito de fumar, os cientistas observaram que, entre os voluntários com as variantes de risco do gene TCF4, os fumantes apresentaram maiores déficits no processamento de informações. Os déficits foram expressivos tanto para os fumantes leves como para os pesados.
“Como fumar altera o impacto do gene TCF4 na filtragem de estímulos acústicos, o hábito também pode aumentar o papel de genes específicos no risco de desenvolvimento da esquizofrenia”, disse Quednow.
De acordo com os pesquisadores, o tabagismo pode se associar com as mutações no TCF4 assumindo um papel importante no desenvolvimento de prejuízos no processamento de informações associado com a esquizofrenia.
“O hábito de fumar deve ser considerado como um importante cofator para o risco de esquizofrenia em pesquisas futuras”, disse Quednow.

Sono irregular aumenta risco de obesidade e diabetes

Ficha de leitura nº31
Assunto: Sono irregular aumenta risco de obesidade e diabetes
Pesquisador:Vanessa

Fonte: http://agencia.fapesp.br/15438


     Agência FAPESP – Má notícia para quem dorme pouco ou em horários irregulares. Uma nova pesquisa indica que a falta de sono ou padrões de sono que contrariam o relógio biológico humano podem aumentar o risco de desenvolver diabetes e obesidade.
O estudo, feito por cientistas da Harvard Medical School e do Brigham and Women's Hospital, nos Estados Unidos, foi publicado no dia 11 de abril na revista Science Translational Medicine.
Os pesquisadores avaliaram 21 voluntários saudáveis em um ambiente controlado durante seis semanas. Foram regulados fatores como horas de sono, em que período do dia os participantes dormiam, dieta e outras atividades. A ideia foi simular situações que levam ao sono irregular, como turnos de trabalho alternados (diurno e noturno) ou jet lag recorrente.
Inicialmente os participantes dormiram cerca de 10 horas por noite. Em seguida, passaram três semanas com média de 5,6 horas dormidas a cada 24 horas, com períodos de sono alternados, de modo a simular trocas de turno. Para terminar, os voluntários passaram os últimos nove dias da pesquisa dormindo períodos normais e à noite.
Os cientistas observaram que a interrupção prolongada do sono normal e do ritmo circadiano afetou a produção de insulina nos voluntários, levando ao aumento de glicose no sangue. Em alguns casos, a elevação atingiu níveis considerados pré-diabéticos.
Os participantes também apresentaram importante queda em suas taxas metabólicas, que, segundo os autores do estudo, pode ser traduzida em um ganho de peso superior a 4,5 quilos por ano.
A boa notícia é que o estudo verificou que os efeitos danosos puderam ser revertidos em grande parte com a volta do sono para padrões normais. Os pesquisadores ressaltam que os voluntários não se exercitaram durante o período do estudo e pretendem avaliar no futuro interações entre sono, dieta e exercícios.