quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Menino chinês tem olhos que brilham no escuro




Ficha de leitura nº4

Unidade: Patrimonio genético
Assunto: olhos que brilham no escuro


Menino chinês tem olhos que brilham no escuro e conseguem ver bem na ausência de luz. O caso intriga os médicos. Estes dizem que a luz que os olhos da criança emitem assemelha-os aos de um gato.

Uma anomalia pouco comum está a intrigar os médicos chineses que seguem o jovem Nong Youhui. O rapaz nasceu com olhos azuis – o que é muito raro entre os chineses – e uma incrível capacidade de ver no escuro. O mais curioso e inexplicável é que os olhos do menino são como olhos de gato, pois brilham no escuro e emitem uma luz azul esverdeada se lhes for apontada uma lanterna, por exemplo.

O pai de Nong disse que, quando a criança era mais pequena, os médicos garantiram que os olhos do filho se tornariam escuros, como o de qualquer outro chinês, no entanto a criança cresceu e a sua diferença não se esvaneceu. O grande problema, para Nong Youhui, tem a ver com situações em que a luz é muito forte, pois os olhos azuis dele bloqueiam pouca luminosidade. O caso vem sendo estudado há anos, mas ainda não há respostas concretas por parte dos especialistas. À volta do criança já surgiram olhares e vozes supersticiosas e maldizentes, há até quem o chame de extraterrestre híbrido.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Xfs0R-7cS_s


Fonte:http://tvnet.sapo.pt/noticias/detalhes.php?id=70541


Pesquisadora: Catarina Ribeiro

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

T-shirt que regista frequência cardíaca já está disponível para bebés

Ficha de leitura nº8
Unidade: Imunidade e controlo de doenças
Pesquisadora: Alexandra Esteves
Conteúdo/Assunto: Problemas cardiovasculares/ T-shirt que regista frequência cardíaca
 
 A Biodevices, empresa portuguesa que comercializa uma t-shirt que permite o registo contínuo do ritmo e da frequência cardíaca, está a estudar a utilização da Vital Jacket em bebés e crianças até aos nove anos, em ambulatório.
A camisola – a Vital Jacket Babygrow – está já a ser utilizada pelo serviço de cardiologia pediátrica do Hospital de S.João. “Como o nome indica, é um babygrow que incorpora um registador pequeno e leve no bolso lateral e que não tem cabos nem obriga ao uso da cinta a segurar o registador, como nos holters tradicionais. Tudo isto sem prejuízo para o conforto do bebé nem para a qualidade do sinal”, explicou ao Dinheiro Vivo Catarina Ricca, directora de marketing da Biodevices.
A Vital Jacket é uma espécie de electrocardiograma, que pode ser vestido e estar ligado durante as 24 horas do dia.
A t-shirt foi reconhecida em 2009 como dispositivo médico, estando já certificada na Europa e Brasil – está já a ser constituída a Biodevices Brasil –e prepara-se para chegar ao mercado norte-americano.
Para além de poder ser aplicada para a cardiologia pura, como método de diagnóstico, a Vital Jacket pode funcionar como sistema de reabilitação cardíaca. Pode também ser usada na medicina do trabalho, para monitorizar profissões de risco ou trabalhadores com risco cardiovascular – ou até na medicina desportiva.
É no desporto, aliás, que está o próximo passo da Biodevices. A empresa está a apresentar a sua t-shirt a vários clubes desportivos, propondo-se a monitorizar o stress da equipa técnica ou até o processo de treino dos jogadores.
Hoje, a Biodevices exporta milhares de t-shirts por ano, para todo o mundo. Ainda assim, o seu preço ainda é proibitivo para muitas bolsas: a partir de €500 (R$ 1.130).
 


OMS preocupada com o vírus mutante da gripe das aves

Ficha de leitura nº3
Unidade: Controlo e imunidade de doenças
Assunto: vírus mutante da gripe das aves

A Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou-se hoje "profundamente preocupada" com as pesquisas realizadas em laboratório sobre um vírus mutante da gripe das aves H5N1.

O laboratório holandês liderado por Ron Fouchier no centro médico universitário Erasmus de Roterdão anunciou em Setembro ter criado uma mutação do vírus H5N1 potencialmente capaz, pela primeira vez, de se transmitir facilmente entre mamíferos e potencialmente entre humanos.

A Universidade do Wisconsin, nos Estados Unidos, também realizou um trabalho sobre o mesmo vírus, com as duas pesquisas a serem financiadas pelos institutos nacionais americanos da saúde (NHI).

"A OMS toma nota de que" estes anúncios "suscitaram preocupações sobre eventuais riscos e más utilizações associadas a estas pesquisas", indica a organização em comunicado.

A OMS "está também profundamente preocupada com as eventuais consequências negativas" de tais trabalhos, acrescenta a nota.

A mesma organização defende ainda que "os estudos desenvolvidos em condições apropriadas deverão continuar" a fim de se conseguirem os conhecimentos "necessários para reduzir os riscos associados ao vírus H5N1".


Pesquisadora: Catarina Ribeiro

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2214674&seccao=Sa%FAde

Algas podem ser alternativa ao carvão e petróleo

Ficha de leitura nº 2
Unidade: Preservar e recuperar o meio ambiente
Assunto: biocombustível

Peritos creem que as algas têm um enorme potencial como biocombustível, alternativo aos combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo, mais poluentes, ao desvendarem o segredo da transformação do seu açúcar em energia.

Os resultados da investigação, a cargo de especialistas da empresa Bio Architecture Lab, nos Estados Unidos, são divulgados num artigo a publicar na sexta-feira na revista científica Science, noticia a AFP.

As algas são vistas pelos peritos como opção apelativa para a produção de biocombustível porque, ao contrário do milho e da cana-de-açúcar, crescem no mar e, por isso, não interferem com as colheitas agrícolas.

Menos de três por cento das águas costeiras no mundo conseguem produzir algas suficientes para substituir cerca de 60 mil milhões de galões de combustível fóssil, segundo o artigo da revista Science.

No pico de produção, as algas podem gerar anualmente 19 mil litros de biocombustível, ou seja, duas vezes mais a quantidade de etanol extraída da cana-de-açúcar e cinco vezes mais o etanol produzido a partir do milho.

A equipa de peritos norte-americanos manipulou uma variante da bactéria E.coli e conseguiu sintetizar moléculas de açúcar das algas castanhas em etanol.


Pesquisadora: Catarina Ribeiro

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2252594&seccao=Biosfera

Excesso de peso quase duplica risco de morte

Ficha de leitura nº 1
Unidade: Imunidade e controlo de doenças
Assunto: cancro da prostata, excesso de peso


O risco de morrer de cancro de próstata quase duplica nos homens com excesso de peso superior a 20 quilos durante a sua vida adulta, indica um estudo australiano revelado hoje.

"Este estudo mostra que a obesidade está relacionada com as formas agressivas de cancro mortal", advertiu Dallas English, um dos autores do estudo publicado pela Revista Internacional do Cancro e difundido hoje na Austrália pelo grupo Fairfax.

O diretor de um centro de investigação em genética e epidemiologia da Universidade de Melbourne defendeu assim a necessidade de "manter um peso saudável durante a vida adulta".

A investigação tem por base o estudo de casos de 17.000 homens com idades entre os 40 e 69 anos, parte de uma geração em que a obesidade não era um problema generalizado na Austrália.

De acordo com um estudo de saúde realizado em 2008, 42,1 por cento dos homens australianos têm excesso de peso, enquanto 25,6 por cento são obesos, num país com 22 milhões de habitantes.

O mesmo estudo indica que 600.000 menores com idades entre os 5 e 17 anos sofrem de excesso de peso ou obesidade, o que representa 21 por cento da população infantil.


Pesquisadora: Catarina Ribeiro

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2250257&seccao=Sa%FAde

domingo, 22 de janeiro de 2012

Cientistas devolvem juventude às células de idosos


Ficha de leitura nº5
Unidade: Imunidade e controlo de doenças
Fonte: http://pt.euronews.net/2011/11/07/cientistas-devolvem-juventude-as-celulas-de-idosos/
Pesquisadora: Mariana Joaquim
Conteúdo/Assunto: Células de idosos ganham juventude


Cientistas franceses conseguiram reprogramar células de idosos para voltarem a ser estaminais pluripotentes, como as células embrionárias.

A experiência decorreu em Montpellier, no sul de França, e permitiu devolver a juventude às celulas de uma pessoa com mais de cem anos.




Ver video completo em: http://pt.euronews.net/2011/11/07/cientistas-devolvem-juventude-as-celulas-de-idosos/

Hormonas fazem mulher que trabalha à noite ganhar peso

Ficha de leitura nº4


Unidade: Reprodução e Manipulação da Fertilidade
Fonte: http://biologias.com/noticias/1113/Hormonios-fazem-mulher-que-trabalha-a-noite-ganhar-peso
Pesquisadora: Mariana Joaquim
Conteúdo/Assunto: Hormona faz mulher que trabalha a noite engordar

Estudo revela que a grelina e a xenina atuam de maneira desregulada no hipotálamo

“Um estudo da linha de pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) que avalia hormonas que regulam o apetite, coordenada pelo endocrinologista Bruno Geloneze, apontou responsabilidade da grelina e da xenina, hormonas recém-descobertos, para o ganho de peso das trabalhadoras do turno da noite, indo contra o senso comum de que engordam porque trabalham muito ou por conta do stress. Esses hormonas atuam de forma desregulada no hipotálamo (parte do cérebro que modula a fome e a saciedade) alterando o padrão de apetite dessas pessoas, que passam a consumir alimentos mais vezes e menos saudáveis. As consequências, além do ganho de peso, é que essas mulheres poderão ficar inclusive mais predispostas a desenvolver a indesejada síndrome metabólica, que promove em seus portadores problemas como hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes e obesidade.

A fisioterapeuta Daniela Schiavo, autora da pesquisa, comparou mecanismos de fome e saciedade de 12 mulheres que trabalham no turno normal do setor de limpeza do Hospital de Clínicas da Unicamp e 12 mulheres que atuam no turno da noite. Segundo ela, vários trabalhos na literatura indicam que as trabalhadoras do turno da noite têm maior ganho de peso que mulheres que têm a mesma função e trabalham de dia. Isso já está estabelecido mundialmente em grandes casuísticas, diz. O que pouco se sabe são os motivos que levam a esse ganho de peso e os mecanismos determinantes para o comportamento relacionado à fome e à saciedade.

O senso comum diz “trabalhar à noite aumenta o stress e faz as pessoas comerem de maneira errada”. Diz mais: “depois que a obesidade se instala, é difícil as pessoas retomarem o peso original”. “Então também estudamos pessoas que não tinham obesidade ainda. Apesar de a gente ter feito um pareamento para idade, sexo, peso e atividade física, essas mulheres que trabalhavam à noite já apresentavam mais adiposidade abdominal, talvez sim ligado ao stress da atividade”, expõe Geloneze. No estudo, foi dosado o cortisol, o hormona do stress.

A despeito da casuística ter sido pequena, segundo ele, foram tomados cuidados essenciais a uma pesquisa científica: só foram escolhidas mulheres, funcionárias do setor de limpeza de um mesmo lugar e que exerciam o mesmo tipo de função e na faixa etária entre 25 e 45 anos (em idade reprodutiva portanto, sem o viés da menopausa). Tinham ainda o mesmo padrão de atividade física. Não eram sedentárias, a se ver pelo seu trabalho (que não é leve), contudo não têm atividades programadas como frequentar uma academia, por impedimentos socioeconómicos e culturais.

Além disso, elas tinham o mesmo Índice de Massa Corporal (IMC), em torno de 26,5 (o índice fica entre 25 e 30), com um leve sobrepeso, mas que não é obesidade e nem tampouco um peso normal. Corresponde a um IMC médio da população brasileira, afirma Geloneze. Pessoas trabalhadoras noturnas há mais de um ano, que ainda não tinham um ganho de peso relevante, foram entrevistadas para se conhecer o seu comportamento alimentar: como era a sua sensação de fome e de saciedade. O estudo apurou que elas sentiam dificuldade em reconhecer a fome ou a saciedade.”


Ver mais em http://biologias.com/noticias/1113/Hormonios-fazem-mulher-que-trabalha-a-noite-ganhar-peso

Espécie de abelha tem soldados especializados


Ficha de leitura nº3
Unidade: Património Genético
Fonte: http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=653
Pesquisadora: Mariana Joaquim
Conteúdo/Assunto: Abelhas adaptadas fisicamente para o seu papel

Uma nova pesquisa acaba de revelar que entre as abelhas jataí (Tetragonisca angustula) existem indivíduos adaptados fisicamente para desempenhar ao longo da vida uma única função: defender a colmeia.

"Até então, os cientistas achavam que a divisão de tarefas nas colónias fosse baseada apenas na idade das abelhas e que todas, com exceção da rainha, desempenhassem os mais diferentes papéis. O estudo, feito por cientistas do Brasil e do Reino Unido, foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

“Entre formigas a existência de tarefas especializadas e fisicamente adaptadas a uma determinada função é bem conhecida e descrita na literatura. Mas entre abelhas isso é um facto novo”, disse Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental e um dos autores do artigo.

A pesquisa, feita em parceria com pesquisadores da Universidade de Sussex, é um desdobramento do Projeto Temático "Biodiversidade e uso sustentável de polinizadores, com ênfase em abelhas Meliponini", coordenado pela professora Vera Lúcia Imperatriz Fonseca, do Instituto de Biociências da USP.

“Fazíamos outra pesquisa com abelhas jataí para tentar descobrir como elas identificam se um indivíduo pertence ou não à colónia. Foi quando notamos que as guardas eram bem maiores que as outras. Foi chocante, pois a diferença era perceptível a olho nu”, contou Menezes.

Testes de laboratório não só confirmaram que as abelhas soldados eram 30% mais pesadas do que as forrageiras - encarregadas da procura de alimento - como também revelaram diferenças morfológicas entre as duas castas. “Vimos que as que procuram alimento possuem a cabeça maior, enquanto as guardas têm pernas mais desenvolvidas. Verificamos ainda diferenças no tamanho do tórax e das asas, porém menos significativas”, disse.

Essas variações físicas, possivelmente, estão ligadas às atividades que cada abelha executa. Como as forrageiras saem da colónia em busca de alimento e precisam memorizar o caminho de volta, necessitam de um cérebro mais desenvolvido. Já os soldados valem-se das pernas maiores para atacar o inimigo e imobilizá-lo com própolis. “Novas pesquisas são necessárias para confirmar essa hipótese”, disse Menezes.

Os pesquisadores também verificaram que há uma subdivisão entre as abelhas soldados. Uma parte guarda a entrada da colónia enquanto outra fica a sobrevoar o local e monitoriza a chegada de inimigos. Ao todo, a tarefa representa apenas 1% da colónia – entre 30 e 50 indivíduos –, número suficiente para atender a demanda por defesa.

Rivais

As chamadas abelhas ladras, como as da espécie iratim (Lestrimelitta limao), são as principais ameaças para as jataís. Esses insetos costumam invadir as colmeias de outras espécies para roubar mel, pólen, alimento das larvas e até cera. Mas, como os próprios pesquisadores ressaltam no artigo, embora as jataís sejam abelhas sem ferrão, não são indefesas.

Na segunda etapa da pesquisa, os cientistas analisaram como esses soldados se comportavam diante do ataque de uma abelha ladra. “Com uma pinça especial, pegávamos uma iratim e colocávamos na frente da colónia de jataís. Em instantes as guardas que sobrevoavam a colmeia mordiam a asa da invasora, impedindo-a temporariamente de voar”, contou Menezes.

Como as abelhas invasoras eram maiores e mais fortes que a jataí, geralmente conseguiam levar a melhor. Mas, quanto maior era a guarda, mais tempo durava a briga e mais tempo a colónia tinha para se preparar para a invasão.

Quando a chegada das inimigas era notada com bastante antecedência, contou o pesquisador, as abelhas soldados conseguiam até evitar a pilhagem. Para isso, bloqueavam a entrada da colmeia com resinas, deixando todas as abelhas confinadas por dois dias.

“Nossa hipótese é que os ataques sucessivos de abelhas ladras foram a grande força evolutiva que fez as jataís desenvolverem uma casta especializada em defesa”, disse Menezes.

Mas essa diferenciação física, ressaltou o pesquisador, também tem um custo. “Indivíduos muito especializados não conseguem desempenhar outras tarefas se necessário. Não conseguem atuar como forrageiras, por exemplo, para atender a necessidades momentâneas da colónia”, explicou.

Até onde se sabe, o caso das jataís é único entre as abelhas. Nas demais espécies, a divisão de trabalho é baseada na idade das abelhas, o que os cientistas chamam de polietismo etário.

As operárias mais novas desempenham funções internas, como produzir e manipular a cera, limpar favos, produzir células onde serão abrigadas as larvas, manipular o lixo internamente. Após certa idade, assumem funções externas. Primeiro levam o lixo para fora da colmeia e, por último, tornam-se guardas e forrageiras.

“As funções mais arriscadas são as últimas, pois, se as abelhas morrerem, já desempenharam todas as outras. A perda é menor para a colónia”, explicou Menezes.

Muito comum no interior de São Paulo, as abelhas jataí pertencem à tribo Meliponini, também conhecidas como abelhas sem ferrão. Essa tribo foi foco do Projeto Temático coordenado por Imperatriz-Fonseca e concluído em 2010. "

Alzheimer explicado por composto químico


Ficha de leitura nº2


Unidade: Imunidade e controlo de doenças
Fonte: http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=652
Pesquisadora: Mariana Joaquim
Conteúdo/Assunto: Composto químico pode estar na causa da perda de memória

Pesquisadores descobriram um composto químico no cérebro que pode explicar a perda de memória associada à doença de Alzheimer.

"Zafar Bashir e seus colegas descobriram que a acetilcolina pode enfraquecer conexões sinápticas entre os neurónios em uma região cerebral importante para a formação de memórias de longo prazo.

A acetilcolina é um neurotransmissor que liberado no cérebro, e tem um importante papel no funcionamento das atividades cerebrais normais, como sono, atenção, aprendizado e memória.

Até agora, no entanto, os mecanismos pelos quais esse transmissor controla tais processos permanecem pouco conhecidos.

Cascata molecular

Os pesquisadores mostraram como a acetilcolina controla a comunicação entre os neurónios localizados no córtex pré-frontal.

Isso é importante para entender como processos cognitivos complexos são controlados nessa importante área do cérebro.

Quando a acetilcolina é liberada, ela se liga a receptores específicos e inicia uma cascata molecular que desencadeia alterações fisiológicas na maneira como os neurónios corticais pré-frontais se conectam entre si.

A descoberta sugere que um enfraquecimento persistente das conexões sinápticas entre neurónios, induzido pela libertação de acetilcolina no córtex pré-frontal, pode ser subjacente à formação de novas memórias associativas.

Plasticidade sináptica

Os autores especulam que as deficiências de memória associadas à demência causada pelo Alzheimer podem resultar, em parte, da perda de plasticidade sináptica no córtex pré-frontal relacionada à depleção de acetilcolina do cérebro causada pela doença.

Douglas Caruana, responsável pelos experimentos, afirmou que interrupções na sinalização colinérgica do córtex pré-frontal são conhecidas por afetar a forma como o cérebro codifica associações duradouras entre objetos e lugares.

"A depleção de certos níveis de acetilcolina no cérebro é uma característica clássica da demência de Alzheimer", disse.

Segundo Bashir, os inibidores de acetilcolinesterase são amplamente utilizados como medicação para o tratamento de indivíduos com demência de Alzheimer.

"O aprimoramento de plasticidade sináptica por inibição de acetilcolinesterase que nós demonstramos nesse estudo pode ser um caminho para que essas drogas tenham eficácia clínica", declarou."

Cientistas criam girino mutante

2ºPeríodo

Ficha de leitura nº1

Unidade: Património Genético
Fonte: http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=651
Pesquisadora: Mariana Joaquim
Conteúdo/Assunto: Mutações

Cientistas criam girinos com olhos na parte posterior da cabeça


"Como? Pesquisadores dos EUA têm sido capazes de desenvolver novos órgãos em partes do corpo onde normalmente não crescem, mudando sinais bioelétricos nas células.

As descobertas inovadoras significam que órgãos complexos podem ser criados por terapia regenerativa ou transplante, os pesquisadores afirmam.

Os pesquisadores, da Universidade Tuft em Massachusetts, obtiveram os resultados mais chocantes quando, ao manipular geneticamente a tensão de membrana das células do embrião nas costas do sapo e da cauda, criou-se novos olhos fora da área comum.

O líder da pesquisa, Dr. Vaibhav, afirma que "a hipótese é que, para cada estrutura do corpo, há uma faixa de tensão específica da membrana que impulsiona a organogênese. Estas foram às células em regiões que nunca foram estimadas com capacidade de formar os olhos. Isto sugere que as células de qualquer parte do corpo podem ser conduzidas para formar um olho”.

O Professor Michael Levin, que faz parte da equipa de pesquisa, disse: "Estes resultados revelam um novo regulador de formação do olho durante o desenvolvimento e sugerem novas abordagens para a deteção e reparação de defeitos congénitos que afetam o sistema visual”. A descoberta significa que eles identificaram um mecanismo de controle totalmente novo que pode ser usado para induzir a formação de órgãos complexos para transplante ou aplicações a medicina regenerativa.

Além de uma revolução na medicina regenerativa, esta nova técnica é um primeiro passo para quebrar o código bioelétrico. Os biólogos buscam entender como as células utilizam sinais elétricos naturais para se comunicar e para criar e colocar os órgãos do corpo.

Eles identificaram e marcaram grupos de células hiperpolarizadas, que são mais carregadas negativamente, localizadas na região da cabeça do embrião de sapo e descobriram que há genes que estão envolvidos na construção do olho.

Quando eles examinaram as células em microscopia de fluorescência, mostrou-se que as células hiperpolarizadas contribuíram para o desenvolvimento do cristalino e retina, então descobriram que quando eles mudaram o código bioelétrico ou despolarizaram as células, isso afetou a formação do olho normal. As células foram então injetadas, com codificação de mRNA em canais - uma classe de proteínas incorporadas nas membranas da célula. Cada canal, em seguida, seletivamente permite que uma partícula carregada passe de dentro para fora da célula.

Usando esses canais os pesquisadores mudaram o potencial de membrana das células, o que afetou a expressão de genes EFTF, causando ‘anomalias’, ou seja, órgãos se desenvolveram. Dr. Vaibhav disse que “anormalidades foram proporcionais à extensão da despolarização. Nós desenvolvemos técnicas para aumentar ou diminuir o potencial de tensão para controle de expressão génica”.

A equipa agora planeia novas pesquisas, que também terão como alvo o cérebro, medula espinhal e membros dos embriões. Professor Levin comentou: “Os resultados nos permitirão ter um controle muito melhor do tecido e da formação de órgãos. Estamos desenvolvendo novas aplicações de bioeletricidade molecular na regeneração de membros, de reparação do cérebro e da biologia sintética”."

sábado, 21 de janeiro de 2012

Descoberto gene que influencia Machado-Joseph

Ficha de leitura nº7
Unidade: Património Genético
Pesquisadora: Alexandra Esteves
Conteúdo/Assunto: Doença Machado-Joseph

Um estudo desenvolvido por um grupo de investigação liderado por Manuela Lima, da Universidade dos Açores, permitiu descobrir um gene que influencia a idade de início da doença de Machado-Joseph.
O gene da Apolipoproteína E, uma proteína que participa no transporte e no metabolismo do colesterol, tem um papel modificador na doença de Machado-Joseph, estando a presença de uma variante específica deste gene associada a um início mais precoce dos sintomas da doença.

A partir desta descoberta é possível saber que uma pessoa, que tem a alteração genética que causa a doença de Machado-Joseph e tem uma alteração genética no gene da Apolipoproteína E (APOE), vai ter uma idade de início da enfermidade mais precoce.

Esta nova contribuição vai permitir melhorar a previsão do início da doença e, em estudos futuros, poderão ser desenvolvidas terapias dirigidas a este gene de modo a que se possa atrasar, de alguma forma, o seu início.
 
“Trata-se de mais conhecimentos sobre os aspectos genéticos desta doença e que podem permitir o desenvolvimento de terapias que possam pelo menos atrasar o seu início”, revelou a investigadora Conceição Bettencourt.

Para já estes novos dados vão dar aos geneticistas novos meios para os ajudar a prever o início da doença, constituindo assim mais um elemento para o aconselhamento genético.